A China tomou uma decisão drástica nesta sexta-feira (30) ao suspender todas as importações de carne de frango e produtos avícolas do Brasil. Essa medida foi adotada após a confirmação de um surto de gripe aviária em uma granja no país, impactando diretamente a maior nação exportadora mundial de carne de frango, que, em 2024, movimentou impressionantes US$ 1,5 bilhão nesse comércio. A Administração Geral de Alfândegas da China anunciou que, além da proibição, haverá uma inspeção e desinfestação rigorosa de todos os resíduos vegetais e animais provenientes do Brasil, visando evitar a entrada do vírus no território chinês.
Esse surto é o primeiro registrado em produção comercial no Brasil, especificamente na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Desde então, o Ministério da Agricultura (Mapa) abriu 13 investigações em diferentes estados, após um total de 170 casos confirmados desde 2023, sendo 166 em aves silvestres e dois em criações domésticas. O governo brasileiro tentou negociar com as autoridades internacionais, inclusive com o governo chinês, para que qualquer embargo fosse limitado à área afetada, mas a China decidiu proibir a importação de toda a carne de frango brasileira.
Reconhecida por sua letalidade, a gripe aviária é causada principalmente pelo vírus H5N1, que é altamente contagioso entre aves e apresenta um alto índice de mortalidade. Embora o risco de transmissão para humanos seja considerado baixo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), profissionais que trabalham diretamente com aves infectadas podem estar em risco.
Em resposta a esta crise, o setor avícola brasileiro manifestou que buscará redirecionar suas exportações para mercados que ainda estão abertos ao Brasil. Garantindo que a carne de frango e os ovos seguem seguros para consumo, as autoridades sanitárias afirmaram que, mesmo em tempos desafiadores, a dependência do mercado chinês (que absorveu mais de 10% da carne de frango brasileira em 2024) acentua a preocupação dos exportadores.
Diante dessa situação, quais são suas expectativas para o futuro das exportações brasileiras de carne de frango? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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