Em um cenário alarmante, a Bahia enfrenta um rombo financeiro de R$ 46,7 bilhões em decorrência de desastres naturais, tida como a 5ª maior perda do Brasil segundo o Atlas Digital de Desastres, que compila dados da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). Este estudo, que abrange o período de 1990 a 2024, revela a magnitude dos danos, situando o estado atrás apenas do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraíba.
Analisando os números, o levantamento distingue entre prejuízos públicos, privados e danos materiais. Os prejuízos públicos, que impactam diretamente o patrimônio do Estado e das instituições, somam cerca de R$ 4,6 bilhões, com o maior déficit registrado em 2009, quando o rombo atingiu R$ 546,8 milhões, sendo R$ 148 milhões apenas no município de Anagé.
Entre os municípios mais afetados, destacam-se Cansanção, com R$ 300 milhões em prejuízo, seguido por Euclides da Cunha e Anagé. Por outro lado, os danos materiais, igualmente severos, somam mais de R$ 7 bilhões, com um forte impacto em 2021, especialmente em dezembro. A cidade de Itamaraju registrou um prejuízo de R$ 100 milhões apenas naquele mês, refletindo os desafios enfrentados na região do Baixo e Extremo Sul.
O maior impacto, no entanto, é sentido na esfera privada, com um total que ultrapassa R$ 42 bilhões. Municípios como Livramento de Nossa Senhora e Feira de Santana são os mais afetados, sofrendo com prejuízos que chegam a R$ 1,2 bilhões e R$ 1,18 bilhões, respectivamente. O ano de 2013 é destacado como o mais crítico para esses danos, totalizando mais de R$ 5,3 bilhões gastos com a contenção de desastres.
Os dados também revelam que chuvas intensas e enxurradas são os principais responsáveis pelos danos materiais, contabilizando cerca de R$ 4 bilhões nos últimos 34 anos. Além disso, a estiagem e a seca geraram gastos de mais de R$ 2,6 bilhões apenas em prejuízos públicos e representaram 94% dos danos privados.
Essas informações, que expõem os efeitos devastadores dos desastres naturais na Bahia, não apenas ilustram um panorama financeiro preocupante, mas também ressaltam a necessidade urgente de estratégias eficazes para mitigar futuros danos. Diante desse cenário, como você acredita que podemos enfrentar esses desafios? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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