
Nos últimos meses, o Corinthians viu seu nome envolvido com o Primeiro Comando da Capital (PCC) devido a valores desviados do contrato com a antiga patrocinadora Vai de Bet. A Polícia Federal (PF) concluiu que a Rede Social Media, intermediária do contrato, usou uma empresa fantasma para direcionar R$ 1.074.150,00 à Football Talent Intermediação, associada ao PCC. Essa revelação intensifica as tensões políticas no clube, em um momento crítico para o presidente Augusto Mello, que enfrenta pedidos de impeachment relacionados ao caso.
Quais empresas envolvidas e qual o caminho do dinheiro?
O Corinthians fechou um acordo de patrocínio com a Vai de Bet, avaliado em R$ 360 milhões, mas este foi rescindido unilateralmente após a descoberta de transferências para “laranjas”. As empresas envolvidas são:
– Rede Social Media: Pertencente a Alex Cassundé, um dos investigados, que atuou como consultor de marketing para Mello. Recebeu dois depósitos de R$ 700 mil do Corinthians em março de 2024;
– Neoway Soluções Integradas: Recebeu parte do pagamento e foi utilizada como “laranja” para ocultar o destinatário final em nome de uma empregada doméstica. É apontada como parte de um “grupo criminoso” juntamente com outras empresas;
– Wave Intermediações: Identificada como outra empresa fantasma, teve movimentações de R$ 13 milhões e está interligada a outra investigada, a Victory Trading;
– UJ Football Talent: De acordo com a delação de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, é ligada ao PCC, recebendo R$ 874.250,00 da Wave.
Qual o nível de envolvimento do Corinthians?
O delegado Tiago Fernando Correia afirmou que o Corinthians é uma vítima. A investigação concluiu que o clube foi alvo de um furto qualificado cometido por uma associação criminosa. O clube declarou oficialmente que não é responsável por quaisquer movimentações que não sejam de sua conta bancária. No entanto, as investigações sobre os dirigentes, incluindo Augusto Mello, continuaram.
Qual a ligação da UJ Football Talent com o PCC?
Gritzbach, em delação premiada, implicou Danilo Lima de Oliveira e Rafael Maeda Pires como responsáveis pela lavagem de dinheiro no futebol. Ele alegou que Tripa, ligado à UJ Football Talent, também estaria envolvido. A empresa negou as acusações, afirmando não ter conhecimento de quaisquer movimentos ilícitos e que sua associação a atividades criminosas é incorreta. Da mesma forma, a Lion Sports declarou que Tripa é apenas sócio administrador e não está envolvido nas investigações.
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