Conselho de Odontologia paga R$ 1 milhão em diárias a presidente

Com um total de R$ 1.101.987,49 distribuídos em 611 pagamentos, a ação do sindicato destaca que a legalidade e moralidade desses valores são questionáveis, especialmente considerando que o presidente, Farias, já possui uma remuneração significativa como professor com dedicação exclusiva na Universidade Federal do Paraná.

A responsabilidade pela autorização desses pagamentos recai também sobre o tesoureiro Guilherme Fernandes Graziani, que deveria ter garantido a transparência e a legalidade das despesas. A ação destaca que ambos os réus contribuíram, de maneira preocupante, para o que poderia ser um grande prejuízo aos cofres públicos.

Além disso, o sindicato traz à luz a acumulação ilegal de cargos por parte de Farias, que, além de liderar o CRO/PR, é professor na UFPR e preside o Conselho Deliberativo do Club Athletico Paranaense. Essa combinação pode violar normas sobre dedicação exclusiva para professores federais, configurando um ato de improbidade administrativa.

Tentativas de contato com Farias não obtiveram resposta, mas o sindicato segue firme em suas acusações. A ação civil apresenta evidências de superfaturamento em até 2.200% nos materiais utilizados na reforma da sede do CRO/PR. Além disso, menciona um pagamento duplicado de R$ 820 mil à empresa contratada, a Techfair Obras e Soluções Tecnológicas Ltda.

Com um contrato fixado em R$ 2,04 milhões, a Techfair é acusada de enviar notas fiscais que já estavam inclusas no valor original do contrato, o que representa um grande desvio de recursos.

Diante dessa situação alarmante, o sindicato solicita o afastamento de Farias e de outros membros da administração do CRO/PR, além da suspensão do contrato com a empresa e a quebra de sigilo bancário dos envolvidos. O processo aponta para crimes como peculato e corrupção.

O CFO também se manifestou, negando qualquer irregularidade e classificando as acusações como “narrativas inverídicas”. A resposta ressalta a transparência do processo licitatório e a disposição do conselho de apresentar documentação relevante para comprovar a legalidade das ações.

E você, o que pensa sobre essas acusações? Deixe seu comentário e se envolva na discussão sobre a ética em instituições de classe!