No coração do Parque São Jorge, uma mudança significativa está em andamento. O conselho do Corinthians decidiu afastar Augusto Melo da presidência, após uma reunião decisiva que selou o destino do dirigente. As acusações contra ele são graves: indiciamento por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro, todas relativas a um polêmico contrato com a antiga patrocinadora do clube, a Vai de Bet.
O processo começou quando a reunião de janeiro deu início a um tumultuado debate sobre a admissibilidade do impeachment. Agora, após a votação que culminou em 176 votos a favor e 57 contra, o presidente do conselho, Romeu Tuma Jr., tem um prazo de até cinco dias para convocar a assembleia que definirá os próximos passos. A data ainda é incerta, mas prepara-se para ocorrer em um horizonte de 30 a 60 dias.
A defesa de Augusto Melo, por sua vez, não está inativa. Com duas ações correndo no Tribunal de Justiça de São Paulo, eles buscam levar o caso ao Supremo Tribunal Federal. A contratação do renomado jurista José Cardozo evidencia a seriousidade da situação. Embora Melo tenha sido afastado, o 1º vice-presidente, Osmar Stábile, assumirá interinamente, evidenciando um rompimento com o ex-dirigente.
A trama se complica ainda mais ao se considerar os detalhes do contrato de R$ 360 milhões, que se tornou o foco das investigações. O que inicialmente parecia ser uma parceria benéfica agora está envolto em contornos questionáveis, com transferências para uma empresa ligada ao crime organizado. Enquanto o clube nega qualquer associação com essa entidade, a defesa de Melo sustenta sua inocência, afirmando que ele apenas seguiu os procedimentos normais ao aprovar o contrato.
A gestão de Augusto Melo também enfrenta outros desafios, incluindo três processos adicionais de destituição e contas de 2024 que foram reprovadas. O aumento do passivo do clube, que saltou de R$ 1,9 bilhão para R$ 2,5 bilhões, é um sinal de alerta para todos os envolvidos.
O clima dentro do Parque São Jorge refletiu a tensão acumulada. Ao contrário da reunião anterior, quando a Gaviões da Fiel protestou contra o afastamento de Melo, desta vez, a atmosfera era de ausência e resignação da torcida. Em um pronunciamento emocionado, ele reconheceu a derrota, mas advertiu que ainda lutaria por sua posição e pelo futuro do clube. “O jogo não acabou”, disse, deixando claro que sua saída não significaria o fim da batalha.
Mas os desafios não param por aí. A defesa continua a trabalhar em novas estratégias jurídicas, tentando contornar cada obstáculo. O ciclo de tormenta na presidência do Corinthians deixa uma pergunta no ar: qual será o próximo capítulo desta história repleta de reviravoltas? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe suas expectativas para o futuro do clube!
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