Em um dia que deveria ser comum, um voo da Lufthansa transformou-se em um verdadeiro teste de resiliência e improvisação. No dia 17 de fevereiro de 2024, o voo LH77X, que partia de Frankfurt com destino a Sevilha, encontrava-se em pleno cruzeiro quando o inesperado aconteceu. Com 205 vidas a bordo, o copiloto passou mal, e o comandante, ao deixar a cabine para uma rápida pausa, ficou trancado fora. O que deveria ser uma simples ida ao banheiro se tornou uma situação de emergência dramática.
Enquanto o piloto automático mantinha o avião em sua trajetória, a situação se complicou rapidamente. Às 10h39, ao tentar retornar, o comandante digitou o código de segurança para abrir a porta da cabine, mas não obteve sucesso. Apesar de suas várias tentativas e da ajuda de um comissário que intercedeu via telefone, a cabine permanece inacessível. O tempo passava, e a tensão aumentava na aeronave.
Só após a ativação do código de emergência, às 10h42, o copiloto pôde finalmente abrir a porta, revelando um estado preocupante: ele estava pálido e suando, visivelmente em mal-estar físico. Inicialmente, suspeitava-se de um ataque cardíaco, mas o diagnóstico posterior apontou para um transtorno convulsivo, algo que não havia sido detectado em seus exames médicos regulares. Apesar de estar com a licença médica devidamente validada, sua autorização para pilotar foi suspensa como medida de precaução.
Ciente da gravidade da situação, o comandante tomou a decisão de desviar a rota e pousar em Madri. O avião aterrissou com segurança no Aeroporto Internacional Adolfo Suárez Madri-Barajas, cerca de 20 minutos após o incidente. No entanto, o relatório da Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil da Espanha (CIAIAC) não deixou passar despercebida a falha crÍtica: a ausência de um segundo tripulante autorizado na cabine durante a ausência do piloto. Essa lacuna não apenas retardou o reconhecimento da emergência, mas também limitou a capacidade de intervenção imediata.
Diante dessa realidade alarmante, o relatório recomendou uma revisão das normas pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), sugerindo que a presença de duas pessoas autorizadas na cabine se tornasse obrigatória sempre que um dos pilotos se ausentasse. Apesar do repercutir do incidente, a Lufthansa ainda não se manifestou publicamente. O voo para Sevilha foi retomado após um atraso de aproximadamente cinco horas.
Esse episódio serve como um lembrete da importância de procedimentos de segurança rigorosos em aviação. O que você acha dessas recomendações para garantir a segurança nos voos? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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