
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu afastar Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nomeando Fernando Sarney como interventor para supervisão das próximas eleições. A decisão surgiu após a análise de um laudo que questionou a legitimidade da assinatura de Antônio Carlos Nunes Lima em um acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em resposta, 19 presidentes de federações estaduais assinaram um manifesto em defesa da “renovação do futebol brasileiro”.
O manifesto destaca a urgência de superar a “judicialização e instabilidade” que têm afetado a CBF. Os líderes das federações reafirmam a necessidade de enfrentar desafios como a profissionalização da arbitragem, melhoria das condições dos gramados e segurança nos estádios, além de promover uma gestão mais descentralizada e transparente.
Oito federações não aderiram ao documento: São Paulo, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Tocantins, Amapá e Mato Grosso.
Confira o manifesto na íntegra
“MANIFESTO PELA ESTABILIDADE, RENOVAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO. 15 DE MAIO DE 2025.
O futebol brasileiro vive um momento decisivo. É urgente enfrentar desafios estruturais que há anos limitam o potencial do nosso futebol. Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas.
É fundamental garantir estabilidade institucional à CBF, superando a crise de judicialização que compromete seu funcionamento. É tempo de resgatar a autonomia interna da CBF, que está sufocada por uma estrutura centralizada e desconectada dos membros do ecossistema do futebol nacional.
Para isso, exige-se renovação de ideias, práticas e lideranças, passando pela profissionalização das estruturas de gestão. A CBF deve ser um exemplo de governança, eficiência e transparência, sendo a casa de todos que constroem o futebol brasileiro, em um ambiente saudável e inspirador.
Unidos por esse propósito, nos comprometemos a construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF, focada em um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, integrado e aberto. Queremos uma CBF admirada por todos que fazem do futebol a alma do nosso país.”
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