Daniel Nardon, advogado à frente de um esquema de fraude judicial, levou uma vida de ostentação enquanto milhares de vítimas sofriam em silêncio. Com bens milionários, incluindo um Maserati de R$ 480 mil, registrado em nome do filho, ele se beneficiou às custas de aposentados, servidores públicos e até pessoas falecidas, movimentando cerca de R$ 50 milhões.
A Operação Malus Doctor da Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelou que Nardon investiu em empreendimentos, como um condomínio de 17 casas em Porto Alegre, custeados por recursos oriundos de seu esquema criminoso.
Além do condomínio, o grupo tinha ativos na bolsa e estava negociando um prédio de R$ 10 milhões. A ostentação se refletia na garagem com outros veículos de luxo como BMW e Mercedes, todos ligados ao núcleo da fraude.
O esquema envolvia falsificação de procurações e captação indevida de dados bancários para contrair empréstimos sem o consentimento das vítimas. Essas, em sua maioria professores, aposentados e militares, acreditavam estar contratando serviços legítimos para redução de juros, sem saber que estavam autorizando o escritório a movimentar valores em seus nomes.
Vítimas do além
Em muitos casos, processos eram abertos em nome de pessoas mortas ou em estado vegetativo. Um único endereço era utilizado para acionar o Judiciário em nome de diversas vítimas. A investigação revelou que o escritório chegou a registrar 580 processos em um único dia.
O escritório criou associações como fachada para captar vítimas, presididas por familiares de Nardon, que se apresentavam como defensoras dos direitos dos consumidores.
Família
Na operação recente, a esposa e a cunhada de Nardon foram presas com munições e R$ 16 mil. A polícia cumpriu 74 mandados, bloqueou contas de 14 investigados, incluindo nove advogados, e apreendeu cinco veículos de luxo.
Estimativas indicam que pelo menos 10 mil pessoas foram lesadas por esse esquema. Comente abaixo suas impressões sobre essa história chocante.
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