Durante um evento em Salvador, O deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) trouxe à tona uma polêmica que vem ganhando força na sociedade: a crescente adoção emocional de bonecas reborn, que muitos tratam como se fossem filhos reais. A presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e da ministra Luciana Santos, deu peso à discussão sobre um fenômeno que, segundo Isidório, reflete a decadência das relações humanas.
Com uma abordagem firme, o parlamentar fez analogias com a espiritualidade, citando passagens bíblicas para fundamentar suas preocupações. Para ele, a devoção a essas bonecas, que imitam recém-nascidos, remete ao que ele considera um sinal dos tempos, onde a fragilidade dos laços interpessoais se manifesta na idolatria de objetos inanimados. “Esses bonecos parecem imagens de Vodum. É preocupante quando uma pessoa começa a adorá-los como se fossem filhos”, afirmou.
Isidório vinculou essa prática ao que descreveu como consequências espirituais potencialmente perigosas. “Estamos lidando com a multiplicação da iniquidade, e a Bíblia nos alerta que o amor de muitos esfriará”, disse, levantando questões sobre saúde mental na sociedade atual. Ele expressou temor sobre a possibilidade de que essas bonecas venham a ser veículos de influências negativas, como espíritos demoníacos, e o impacto que isso poderia ter em índices de suicídio e depressão.
No entanto, o deputado também reconheceu que, em alguns casos, as bonecas possam servir como uma forma de terapia. “Se alguém está enfrentando desafios emocionais e encontra consolo nesse tipo de afeto, é uma situação que devemos respeitar”, ponderou, ressaltando a complexidade da questão que mistura saúde mental, fé e a desconexão social.
Usando uma boneca hiper-realista como um símbolo, Isidório provocou uma reflexão sobre o afeto na sociedade contemporânea e a necessidade de cuidarmos de pessoas em situações vulneráveis. Com um toque de humor, descreveu a boneca como sua “neta”, insinuando que ela teria aspirações políticas, mas não deixou de criticar a negligência de que são alvo aqueles que habitam orfanatos e abrigos.
A fala impactante e bem-humorada do deputado traz à superfície uma discussão essencial sobre empatia e responsabilidade social. E você, o que pensa sobre essa relação crescente com objetos inanimados como símbolo de afeto? Compartilhe sua opinião!
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