Durante uma sessão tensa no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Flávio Dino trouxe à tona uma mensagem carregada de ofensas dirigidas a ele, incluindo o provocativo termo “rocambole do inferno”. Enquanto compartilhava essa experiência, Dino também foi chamado de “canalha”, revelando a criatividade perturbadora do remetente.
Em tom de ironia, o ministro se dirigiu aos seus colegas, comentando que a mensagem era, de certa forma, poética: “Vou perguntar para minha esposa o que ela acha. Ela vai dizer ‘você é meu rocambole, nunca do inferno’”, provocando risadas entre os presentes.
Esse momento aconteceu na última terça-feira (20), quando o ministro Alexandre de Moraes também ridicularizou os apelidos recebidos de militares, entre eles “cabeça de ovo” e “professora”, durante um julgamento que tornou réus mais 10 denunciados pela Procuradoria-Geral da República.
Dino ainda fez questão de reforçar a inveracidade de acusações sobre seu passado, mencionando que a mensagem alegava que ele estava nas ruas em 1979 pedindo anistia a “ladrões de banco, assassinos”. Com um toque de humor, ele se defendeu: “Eu tinha 11 anos. Posso garantir que eu estava jogando bola, brincando de carrinho”.
Porém, nem tudo foi leve na sua fala. Dino alertou sobre o crescimento das ameaças direcionadas a ministros, que podem se transformar em ações concretas e perigosas. Ele citou um trecho da mensagem que ameaçava violência física, ressaltando a gravidade do estado atual do debate público: “Um cara como você tem que apanhar de murro… bastam 100 homens em Brasília, invadem o STF e expulsam”.
O ministro enfatizou que levar a mensagem para ser lida era um ato de conscientização sobre como o cultivo do ódio no país se intensificou. Ele concluiu com uma reflexão profunda: “As caixas de comentários das redes sociais ganham densidade quando penetram na mente humana e se transformam em força material”.
Essa conversa foi parte de um julgamento de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) apresentadas pela Procuradoria-Geral da República, que contestam normas sobre cargos comissionados nos tribunais de contas de São Paulo e Goiás. É um lembrete de que, no meio dessa luta jurídica, o diálogo e o respeito são essenciais.
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