Documentos da PGE-BA revelam ocupação ilegal de postos em secretarias e até vice pressiona por nomeação de concursados

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Recentemente, a 8ª Vara da Fazenda Pública de Salvador provocou um rebuliço na Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) ao determinar a nomeação de 37 aprovados no concurso público de 2013 para procuradores. Este desdobramento trouxe à tona um cenário preocupante: documentos internos acessados pelo Bahia Notícias revelam que diversas funções jurídicas estão sendo ocupadas por profissionais não concursados, o que levanta sérias questões sobre a legalidade dessa situação.

Um dos ofícios, o qual foi enviado pelo chefe de Gabinete do Vice-Governador, Robson Correia Pacheco, à Procuradora Geral, Bárbara Camardelli, pede uma análise sobre a viabilidade de um acordo judicial. Esse acordo buscaria facilitar a convocação dos aprovados, destacando a preterição dos candidatos que estão legalmente habilitados enquanto advogados contratados de forma precária exercem funções que deveriam ser restritas a procuradores do Estado, conforme estipulado pela Constituição Federal e pela Constituição do Estado da Bahia.

O texto do ofício ressalta que essa convocação dos aprovados não é apenas uma resposta à determinação judicial, mas também uma estratégia para fortalecer a segurança jurídica do Estado. O Gabinete do Vice-Governador argumenta que tal ação traria benefícios como a redução de atos processuais nulos, economia de recursos públicos, incremento na arrecadação da dívida ativa e valorização da carreira de Procurador do Estado.

Além disso, um ofício circular da PGE já havia alertado sobre a criação ilegal de unidades jurídicas paralelas nas secretarias. A atuação de assessores jurídicos não concursados, muitas vezes identificados como advogados em placas dentro das secretarias, viola o princípio da unicidade da advocacia pública e desafia o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que limita essa função aos procuradores concursados.

A Procuradora Geral, Bárbara Camardelli, enfatizou a gravidade da situação, mencionando a existência de unidades administrativas internas não autorizadas. Recentemente, a PGE também adentrou em um novo desdobramento, revelando que existem 54 cargos vagos na carreira de Procurador, sendo 49 deles de nível inicial. Este dado foi substanciado por um panorama que incluiu 37 aposentadorias, cinco exonerações e casos de ausência por motivos médicos.

A crise na PGE-BA não é apenas um problema administrativo, mas um reflexo de um sistema que precisa ser revisto e fortalecido. O que você acha sobre a situação? Sua opinião é importante! Comente abaixo e participe desse debate fundamental.

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