O cenário econômico da última sexta-feira trouxe surpresas tanto para o dólar quanto para o Ibovespa. Após uma semana marcada por incertezas relacionadas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o dólar fechou em queda, negociado a R$ 5,6470, apresentando um recuo de 0,25% no dia. No entanto, essa movimentação não impediu que, ao longo da semana, a moeda norte-americana acumulasse uma perda de 0,40%, reflexo dos desdobramentos no mercado financeiro.
As incertezas começaram a surgir com o anúncio de medidas que inicialmente propunham alterações nas alíquotas do IOF, levantando preocupações entre os investidores. Embora parte das mudanças tenha sido revertida, o impacto foi sentido, especialmente na quinta-feira, quando o dólar chegou a atingir a máxima de R$ 5,7452 nas primeiras horas do pregão, em reação à alta do dólar futuro.
O Ibovespa, por sua vez, demonstrou resiliência, fechando o dia em alta de 0,40%, aos 137.824,29 pontos, após ter experimentado quedas pela manhã. O volume do dia foi expressivo, girando R$ 20,9 bilhões. Contudo, na semana, o indicador acumula uma perda de 0,98%, representando seu primeiro revés desde abril, encerrando um ciclo de seis semanas de alta contínua.
O clima tenso em Wall Street, associado a temores sobre tarifas do governo Donald Trump sobre produtos europeus, também influenciou os mercados brasileiros. As ações dos grandes bancos, em sua maioria, fecharam o dia em alta, com destaque para o Itaú e Santander, enquanto o Banco do Brasil enfrentou perdas significativas.
Em meio a essas oscilações, a decisão do governo de promover um congelamento de R$ 31,3 bilhões no orçamento gerou um misto de expectativas. Os investidores inicialmente reagiram de forma positiva, porém a reversão das alíquotas do IOF rapidamente mudou a percepção. Muitas perguntas ainda pairam sobre os desdobramentos dessas ações e a comunicação da equipe econômica, que deixaram a desejar em alguns aspectos.
Agora, com o fechamento de maio a caminho e um mês em que o dólar apresenta uma oscilação de 0,52% para baixo e acumulado de 8,63% no ano, as próximas semanas prometem ser desafiadoras. O que você acha que o futuro reserva para o mercado? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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