Na corrida eleitoral para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), um movimento marcante ganhou destaque: vinte clubes que apoiaram Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), anunciaram sua ausência na votação. Apesar de não comparecerem, as equipes poderão exercer seu direito de voto remoto, como autorizado pela CBF. Contudo, a decisão de se abster parece ser unanimidade entre os clubes.

Com Samir Xaud como candidato único, respaldado por 25 federações estaduais, a ausência desses clubes evidencia a insatisfação com o processo eleitoral vigente. A nota divulgada enfatiza que “sem clube não tem futebol”, ressaltando a importância da participação ativa das agremiações nas decisões que moldam o futebol brasileiro.

Os clubes, que incluem gigantes como Flamengo, Corinthians e São Paulo, fundamentam sua decisão em uma demanda por democracia, transparência e representatividade. Em seu comunicado, eles afirmam: “O futuro do futebol brasileiro precisa ser pautado pela democracia, transparência e representatividade. Não compareceremos à votação por discordarmos do processo vigente.” Eles também se mostraram abertos ao diálogo com a nova gestão, sinalizando a necessidade de discutir reformas no sistema eleitoral.

Além de exigir uma revisão do processo eleitoral, os clubes apresentaram uma lista de demandas à CBF:

  • Alteração do processo eleitoral, com maior peso nos votos.
  • Participação obrigatória em todas as Assembleias Gerais.
  • Compromisso com a criação da Liga, garantindo que as propriedades comerciais das Séries A e B pertençam aos clubes.
  • Regras de governança que conferem mais poder à Comissão Nacional de Clubes.
  • Profissionalização da arbitragem e investimento em treinamento.
  • Calendário 2026-2030 a ser aprovado em conjunto com a CBF.
  • Apoio financeiro para as Séries B, C, D e Futebol Feminino.
  • Estabelecimento de regras de Fair Play Financeiro.

As movimentações na CBF estão longe de serem tranquilas. Ednaldo Rodrigues, que tentava uma reeleição, anunciou sua desistência para “pacificar” o ambiente conturbado do futebol brasileiro. Essa decisão surge em meio a um clima de desconfiança, onde a autenticidade de um acordo anterior está sob investigação judicial.

A Assembleia Geral Eleitoral, marcada para o próximo domingo, promete ser um reflexo das tensões presentes. Enquanto a nova gestão se prepara para assumir, os clubes continuam a lutar por um futuro mais justo e representativo.

E você, o que acha das decisões tomadas pelos clubes? Acredita que essas reivindicações irão mudar o panorama do futebol brasileiro? Deixe sua opinião nos comentários!