Na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, foi homenageado com o Título de Cidadão Baiano e a Comenda 02 de julho, a mais alta honraria da Casa. Em seu discurso, Barroso abordou o preocupante cenário de polarização e intolerância que permeia a sociedade brasileira.
Ele destacou que a polarização é uma constante na história da humanidade, afirmando que as divergências de opinião sempre existiram. “Desde a Assembleia Nacional Francesa, havia aqueles que desejavam mais poderes para os monarcas e aqueles que lutavam por menos. A vida é feita de pessoas que pensam de maneira diferente, e isso é saudável”, explicou o jurista fluminense.
Contudo, Barroso enfatizou que o real problema não é a polarização em si, mas sim a intolerância que dela deriva. “O que causou os grandes conflitos não foi a existência de opiniões divergentes, mas o crescimento da intolerância e do extremismo. A ideia de que quem pensa diferente de mim é um cretino a serviço de uma causa escusa é uma forma perigosa de viver”, ressaltou, apontando a urgência de um diálogo respeitoso.
Para ilustrar sua mensagem, Barroso citou um verso do poeta espanhol Camus: “Nesse mundo traidor, nada é verdade ou mentira. As coisas têm a cura”. A frase encerra uma reflexão profunda sobre a necessidade de aceitação e empatia em tempos de divisão.
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