Na mais recente propaganda do Partido Liberal (PL), exibida na televisão na terça-feira (28/5), o ex-presidente Jair Bolsonaro manifesta seu apoio à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os descontos indevidos sobre os benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Bolsonaro enfatiza a importância de esclarecer todos os pontos envolvido neste tema. Em suas palavras, é essencial que sindicatos e associações responsabilizados pelos descontos devolvam os valores apropriados aos beneficiários. “Queremos na CPMI, que o PT não assinou, apurar cada centavo surrupiado dos inativos e pensionistas”, afirma o ex-presidente.
Veja:
O escândalo em torno do INSS veio à tona através de uma série de reportagens investigativas publicadas pelo Metrópoles a partir de dezembro de 2023. Logo ficou claro que as entidades estavam gerando uma arrecadação de R$ 2 bilhões em um ano, enquanto milhares de processos por fraudes nas filiações de segurados surgiam.
Essas reportagens motivaram a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) e também alimentaram as investigações da Controladoria-Geral da União (CGU). A Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril, resultou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Na propaganda, Bolsonaro destaca que os aposentados não merecem ser vítimas de tal tratamento. Uma imagem impactante aparece, mostrando um homem idoso expressando sua indignação diante da situação. O ex-presidente também sublinha que, para o PL, “a aposentadoria é sagrada” e critica o Partido dos Trabalhadores (PT) por ter se oposto à CPMI, exceto pelo senador Fabiano Contarato, que apoiou a criação do procedimento investigativo.
“Fraudar aposentados e pensionistas é um crime inaceitável, uma crueldade contra aqueles que dedicaram suas vidas a este país. Apelo por uma investigação rigorosa que resulte em punições exemplares”, declarou Contarato em suas redes sociais no último dia 15.
O tema ganhou ainda mais destaque na mídia após a deflagração da Operação Sem Desconto, que resultou em 211 mandados de busca e apreensão e seis prisões temporárias, revelando a magnitude dos descontos indevidos, totalizando cerca de R$ 6,3 bilhões.
O governo federal anunciou a devolução dos valores descontados aos beneficiários, começando com R$ 292 bilhões referentes à folha de abril, que será realizada automaticamente durante os pagamentos regulares entre 26 de maio e 6 de junho.
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