Na quinta-feira (8/5), durante a operação de “limpeza” no Ministério da Previdência Social, foi dispensado Guilherme Serrano, que assumiu a presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no final do governo Jair Bolsonaro (PL).
Serrano ocupava o cargo de Coordenador-Geral de Estudos Estatísticos, Atendimento e Relacionamento Institucional. Ele iniciou sua trajetória na área previdenciária em 2020, tornando-se presidente do INSS em abril de 2022.
A sua dispensa foi divulgada no Diário Oficial da União e assinada pela chefe de gabinete do novo ministro, Wolney Queiroz.
Além da dispensa, Serrano é mencionado em um inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga descontos ilegais aplicados a aposentados e pensionistas, sendo apontado como responsável pelo Acordo de Cooperação Técnica entre o INSS e a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura, que permitiu os descontos associativos.
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Guilherme Serrano, que presidiu o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Ministério da Previdência também participa de debate
Ministério da Previdência Social
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Wolney Queiroz assumiu o ministério da Previdência no lugar de Carlos Lupi
Reprodução
A exoneração de Serrano é parte de uma série de mudanças no ministério, que incluem a saída de outros auxiliares do ex-ministro Carlos Lupi. Recentemente, Marcelo de Oliveira Panella e Renata Magioli Santos foram dispensados, enquanto Louise Caroline Santos de Lima e Silva assumiu a chefia de gabinete.
Escândalo do INSS
O escândalo relacionado ao INSS foi revelado pelos Metrópoles, que destacou um aumento significativo nas arrecadações das entidades com descontos de aposentados, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, em meio a processos por fraude nas filiações.
Escândalo permeou governos Lula e Bolsonaro
- Entidades envolvidas no escândalo atuaram sob as gestões de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, com um crescimento no número de associações beneficiadas por acordos que permitiam cobranças diretas da folha de pagamento de aposentados.
- Na gestão de Bolsonaro, o INSS ficou vulnerável a práticas suspeitas, enquanto na administração de Lula, novos acordos continuaram, elevando os faturamentos com descontos.
- Ambos os governos receberam alertas acerca das fraudes, incluindo a reabilitação de entidades previamente excluídas pelo INSS.
- Durante o governo Lula, foram ignorados avisos de auditorias que antecederam a Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF.
A série de reportagens do Metrópoles culminou na abertura de inquérito pela PF, dando origem à Operação Sem Desconto, que resultou na demissão de Alessandro Stefanutto e Carlos Lupi.
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