Banco Central espera que o IPCA some 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme comunicado do Copom.
- Jovem Pan
- 12/05/2025 12h30
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O comitê aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, de 14,25% para 14,75%
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 5,53% para 5,51%, sendo 1,01 ponto acima do teto da meta, de 4,50%. As 48 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias indicam uma leve queda de 5,51% para 5,50%. Já a projeção para 2026 foi de 4,51% para 4,50%. O Banco Central prevê IPCA de 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme divulgado na reunião do Copom.
O comitê elevou a taxa Selic para 14,75%, nível mais alto desde julho de 2006, refletindo um aumento total de 4,25 pontos desde setembro. A nova meta de inflação é contínua, com um centro de 3% e uma tolerância de 1,5 ponto percentual. A mediana para a inflação em 2027 manteve-se em 4,0%, enquanto a de 2028 se fixou em 3,80%.
Selic
A mediana do Focus para a Selic ao fim de 2025 permanece em 14,75%. O Copom, em sua última reunião, não emitiu novas orientações sobre futuros aumentos. O cenário atual exige cautela na política monetária, considerando a incerteza e os efeitos ainda não observados dos ajustes recentes.
O risco inflacionário foi definido como simétrico, requerendo níveis de juros “significativamente contracionistas” por tempo prolongado. A ata será divulgada em breve.
A expectativa para a Selic em 2026 ficou em 12,50% e em 2027, 10,50%. A mediana para 2028 permaneceu em 10,0%.
PIB
A expectativa do Focus para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 está em 2,0%. O Banco Central, em seu relatório, reduziu a projeção de 2,1% para 1,9%, alinhando-se à perspectiva de um crescimento mais moderado.
A projeção para 2026 ficou em 1,70%, mantendo-se estável. Para 2027 e 2028, a mediana permanece em 2,0%.
Dólar
A projeção para o dólar no final de 2025 caiu de R$ 5,86 para R$ 5,85, refletindo uma tendência de queda. Em 2026, a estimativa também apresentou leve decréscimo, passando de R$ 5,91 para R$ 5,90.
As previsões para os anos seguintes indicam que o dólar pode continuar a cair, reforçando o cenário de estabilidade nas cotações.
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