Família de transplantada pede R$ 632 mil a Incor e alunas de medicina

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São Paulo — A família de Vitória Chaves da Silva processa o Instituto do Coração (Incor) da USP e duas estudantes de medicina que divulgaram um vídeo zombando da situação de Vitória, falecida após quatro transplantes de órgãos. A indenização solicitada é de R$ 632 mil por danos morais e materiais.

Em abril, um inquérito por injúria foi instaurado contra Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano, as estudantes envolvidas. Embora não indiciadas, a família de Vitória prossegue com queixa-crime. O advogado Eduardo Barbosa acionou o Tribunal de Justiça de São Paulo buscando compensação pelos danos causados.

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Foto tirada logo após o primeiro transplante de Vitória, quando ela tinha 6 anos

Arquivo Pessoal

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Foto de Vitória pouco antes de seu primeiro transplante, aos 6 anos

Arquivo Pessoal

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Foto tirada em 2016, após o segundo transplante de coração de Vitória

Arquivo Pessoal

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Mãe e filha no Instituto do Coração de São Paulo

Arquivo Pessoal

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Vitória aguarda pelo terceiro transplante de coração

Arquivo Pessoal

Entenda o caso

O vídeo viralizou no TikTok, gerando indignação por mencionar os transplantes de Vitória, ainda que sem revelar seu nome. A família, sem conseguir que o conteúdo fosse removido, divulgou o caso na mídia. As estudantes, Gabrielli e Thaís, estavam em um estágio no Hospital das Clínicas da USP.

O pedido de indenização destaca a violação de sigilo médico e a insensibilidade das alunas. O advogado critica ainda o Incor por não fiscalizar adequadamente o comportamento das estudantes, mais interessadas em visibilidade online.

O valor solicitado pela indenização inclui R$ 25.500 para tratamento psicológico de mãe e filha e R$ 607.200 por danos morais. A Justiça negou, porém, o custeio do tratamento psiquiátrico, argumentando falta de prova sobre a relação direta com o vídeo.

As estudantes, em nota, afirmaram que sua intenção era apenas acadêmica, sem tentar desrespeitar a paciente, e reforçaram seu compromisso com princípios éticos.

O Incor repudiou as violações éticas e investiga o caso rigorosamente, enquanto a USP está reforçando diretrizes éticas para participantes de cursos. Qual é a sua opinião sobre o uso de redes sociais por estudantes de medicina? Participe nos comentários abaixo.

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