As exportações de carne de frango do Brasil enfrentam um desafio significativo com a suspensão das importações por 21 países, incluindo as Filipinas e a Jordânia. O desencadeador dessa crise foi a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, ocorrido na última sexta-feira (16). As Filipinas, que ocupavam a sexta posição entre os maiores importadores da carne brasileira, aumentaram suas compras em 7% em 2024, totalizando 234,8 mil toneladas. A Jordânia, 21ª na lista, também viu crescimento, com 76,8 mil toneladas adquiridas, 21% a mais que o ano anterior.
Além desses dois países, restrições foram impostas por outros 19, incluindo potências como a China e a União Europeia, que já interromperam as aquisições do produto. As proibições são abrangentes: da Coreia do Sul ao México, passando por países da América do Sul e da Ásia. Já países como o Reino Unido e o Bahrein optaram por bloqueios regionais, restringindo as importações especificamente das aves oriundas do Rio Grande do Sul.
Enquanto o Japão e a Arábia Saudita limitam suas proibições ao município afetado, outras nações, como Cingapura e Hong Kong, adotaram uma postura que permite importações de áreas distantes do foco da gripe. O Ministério da Agricultura brasileiro está em constante diálogo com as autoridades sanitárias globais, buscando restabelecer as exportações. Uma das prioridades é convencer a China a aceitar a regionalização das restrições, facilitando a retomada dos embarques.
Mesmo com esse cenário preocupante, o governo assegura que o foco da gripe aviária não representa risco ao consumo humano da carne de frango e que todas as medidas sanitárias estão sendo tomadas para conter a propagação do vírus. Atualmente, há também oito casos suspeitos sob análise no Brasil, incluindo granjas comerciais e criações domésticas.
Esse momento difícil para o setor avícola brasileiro traz à tona a importância de um sistema de vigilância eficiente e a necessidade de agilidade nas negociações para minimizar perdas. Como você vê o impacto dessa situação nas relações comerciais do Brasil? Deixe seu comentário e participe da discussão!
Comentários Facebook