O governo brasileiro move um processo criminal contra Flávio Bolsonaro (PL) após o senador vincular o presidente Lula ao PCC e ao Comando Vermelho, mencionando figuras como Marcola e Fernandinho Beira-Mar. Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União, confirmou que ações judiciais serão tomadas para levar o caso às autoridades competentes.
“Adotaremos as medidas necessárias”, declarou Messias. A AGU já está se preparando para apresentar a denúncia à Procuradoria-Geral da República, alegando que a publicação do senador atinge a honra de Lula e pode configurar crime.
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O ministro da AGU, Jorge Messias, anunciou as ações judiciais contra Flávio Bolsonaro.
Daniel Estevão/AscomAGU
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Flávio Bolsonaro é presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado.
Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O governo toma medidas legais após a associação de Flávio Bolsonaro.
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O presidente Lula.
Hugo Barreto/Metrópoles
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Fernandinho Beira-Mar, líder do Comando Vermelho.
Ricardo Borges/Folhapress
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Marcola, líder do PCC, ameaça autoridades.
Arquivo pessoal
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Marcola, chefe do PCC.
Arte/Metrópoles
Flávio Bolsonaro publicou uma montagem em uma rede social que ligou Lula a imagens de Marcola e Fernandinho Beira-Mar, acompanhada da frase: “CV, PCC e PT: as 3 facções mais perigosas do Brasil.” Essa postagem, segundo membros do governo, atinge a dignidade do cargo de presidente e pode ser considerada um ilícito penal.
Recentemente, apoiadores de Bolsonaro criticaram o veto do governo Lula à classificação de facções criminosas como “terroristas”, uma medida defendida pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que pretendia deportar traficantes para o Cecot, em El Salvador.
A associação feita por Flávio Bolsonaro ao crime organizado não é nova. Em 2023, ele e aliados insinuaram ligações do então ministro Flávio Dino com o tráfico em uma visita na comunidade da Maré, que é dominada pelo CV. Flávio Dino desmentiu as acusações, ressaltando que a presença do Estado é vital nas áreas vulneráveis.
AGU em ação
A AGU já atuou em casos semelhantes, como em abril, quando pediu providências contra o deputado Gilvan da Federal por desejar a morte de Lula, e em setembro, apresentou queixa-crime contra o deputado Gustavo Gayer por declarações injuriosas sobre o ministro Sílvio Almeida.
Além disso, a AGU processou o empresário Pablo Marçal por postagens relacionadas às Forças Armadas durante desastres climáticos.
Flávio Bolsonaro e Fernando Haddad
Recentemente, a AGU pediu ao STF que rejeitasse a queixa-crime de Flávio Bolsonaro contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O senador acusou Haddad de calúnia e injúria baseando-se em comentários sobre “rachadinha” em seu gabinete. Haddad defendeu suas declarações, citando movimentações financeiras suspeitas em contas de Flávio.
Flávio Bolsonaro, em resposta, ajuizou uma ação por danos morais, alegando que as acusações prejudicaram sua honra e reputação.
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