SAÚDE
Anúncio oficial foi feito a pesquisadores das universidades Duke e Scripps Research Institute, instituições que lideravam o projeto
Por Redação
31/05/2025 – 15:59 h

Cancelamento repentino do projeto, avaliado em US$ 258 milhões, gerou forte repercussão –
O governo do presidente Donald Trump deu um passo significativo ao cancelar um dos programas de pesquisa mais promissores na luta contra o HIV. Avaliado em US$ 258 milhões e promovido pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH), o término abrupto desse projeto gerou uma onda de protestos entre cientistas e profissionais da saúde pública, que veem a decisão como um retrocesso alarmante no combate à epidemia global de HIV/AIDS.
Parceria científica entre Scripps e Duke é desmobilizada
O anúncio do cancelamento foi feito aos pesquisadores das universidades Duke e Scripps Research Institute, que lideravam o projeto ao lado de uma rede global de centros de pesquisa. Esta parceria tinha feito avanços significativos no estudo de anticorpos amplamente neutralizantes, uma das abordagens mais inovadoras para o desenvolvimento de uma vacina eficaz. Além dos benefícios na luta contra o HIV, os resultados obtidos poderiam ser aplicados em áreas como proteção contra a Covid-19 e desenvolvimento de antídotos para venenos de cobra.
No entanto, a liderança do NIH decidiu não renovar os financiamentos, alegando que os recursos seriam redirecionados para terapias já estabelecidas no tratamento do HIV/AIDS, desconsiderando o potencial revolucionário da pesquisa em andamento.
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Cortes atingem prevenção, PrEP e programas globais
Os cortes orçamentários não se restringiram à pesquisa. Programas de prevenção, como a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), fundamentais para a redução das infecções, sofreram reduções drásticas. O governo também suspendeu repasses de verbas destinadas a estados e municípios nos EUA, resultando na demissão de profissionais e paralisando ações comunitárias essenciais.
No cenário internacional, o impacto é ainda mais grave. O financiamento do PEPFAR, um programa emergencial dos EUA voltado ao combate à AIDS em países em desenvolvimento, especialmente na África, foi interrompido. Com um orçamento de US$ 7,5 bilhões, o programa garantiu tratamento a milhões. Embora parte dos fundos tenha sido liberada posteriormente, os recursos para ações preventivas continuam bloqueados.
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