Homem morre após ser levado à força para clínica de reabilitação em SP

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Jean Carlos Bastos teria brigado com funcionários da clínica após a tentativa de internação involuntária. Ele morreu no dia seguinte - Metrópoles
1 de 1 Jean Carlos Bastos teria brigado com funcionários da clínica após a tentativa de internação involuntária. Ele morreu no dia seguinte – Metrópoles – Foto: Reprodução

São Paulo — A Polícia Civil paulista investiga as circunstâncias da morte de Jean Carlos Bastos, de 35 anos, que foi hospitalizado após uma tentativa de internação involuntária em uma clínica de reabilitação em Araraquara, no interior de São Paulo.

Segundo o advogado da família, Leonardo Ribeiro, na manhã de quinta-feira (1º/5), Jean (foto em destaque) avisou sua mãe que gostaria de se recuperar do uso de drogas. A mãe, então, procurou uma clínica em Araraquara.

Já no primeiro contato, a clínica, que fica localizada no bairro Portal das Laranjeiras, propôs a internação compulsória.


O que se sabe

  • Os funcionários da clínica chegaram na casa de Jean, no município de Américo Brasiliense, por volta das 15h de quinta-feira. A vítima estava dormindo e, quando foi acordada, disse que não queria ir.
  • Mesmo assim, eles usaram a força para agarrar Jean, o pegando pelo pescoço e o jogando no chão.
  • A mãe de Jean pediu para os funcionários pararem, mas eles não obedeceram. Um deles teria dito a ela que esse era o procedimento, disse o advogado da família.
  • Jean foi colocado dentro de um carro enquanto era asfixiado pelos funcionários da clínica e foi levado embora.
  • A mãe, então, ligou para o responsável pela clínica e foi informada que seu filho havia sido levado para a UPA Melhado.
  • Quando chegou lá, a mãe descobriu que Jean teve parada cardíaca e que seria entubado e aguardava vaga na UTI.
  • Jean morreu algumas horas depois, na madrugada de sexta-feira (2/5), enquanto estava internado.

A certidão de óbito de Jean aponta que a causa da morte foi por asfixia por constrição cervical, afirmou o advogado da família. Leonardo Ribeiro também acompanhou a declaração dos funcionários, que, em depoimento para a polícia, se intitularam como ‘pacientes colaboradores’ da clínica, não enfermeiros ou técnicos de enfermagem.

Leia também

A Secretaria da Segurança Pública informou que a ocorrência foi registrada no plantão da Delegacia Seccional de Araraquara e que diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.

O Metrópoles não conseguiu contato com a clínica. O espaço está aberto para manifestação.

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