Em um movimento decisivo, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitou à equipe econômica do governo a suspensão imediata do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre as operações de risco sacado. Este pedido vem em um contexto de crescente pressão contra o aumento de impostos, que promete gerar cerca de R$ 20 bilhões aos cofres públicos este ano.
Motta posiciona-se como uma das vozes mais firmes contra o avanço tributário, enfatizando que o aumento do IOF afeta diretamente a população e o setor produtivo, sem resolver os problemas estruturais das contas públicas. “Essa instabilidade afugenta investimentos”, afirmou ele, propondo um planejamento a médio e longo prazo que incorpore responsabilidade fiscal, contenção de despesas e eficiência no serviço público.
“Essa instabilidade afugenta investimentos”, afirmou. O presidente da Câmara defende planejamento de médio e longo prazo, com responsabilidade fiscal, contenção de despesas e estímulo à eficiência no serviço público.
O risco sacado é um tipo de crédito em que os bancos adiantam valores para varejistas que realizaram vendas a prazo. Com o novo decreto, o IOF será cobrado sobre essas antecipações, afetando principalmente pequenas empresas que precisam desses recursos para manter sua operação diária. Essa medida entra em vigor no próximo domingo (1/6), e o pedido de Motta visa evitar que as empresas enfrentem tributos mais altos enquanto a situação permanece indefinida.
Na última quarta-feira (28/5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e com Hugo Motta, buscando conter a pressão da Câmara contra o decreto que elevou as alíquotas do IOF. A ofensiva da Câmara é notável, pois até o momento, a reforma administrativa estava fora da agenda do governo Lula, que se concentra na reforma tributária e na ampliação da arrecadação.
As declarações de ministros e aliados indicam resistência à pauta, com o próprio presidente Lula afirmando que “a máquina pública não é ineficiente como dizem” e que “não faz sentido tratar servidor como problema”. Isso demonstra uma falta de vontade política para implementar mudanças estruturais na administração pública, afastando ainda mais a reforma necessária.
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