São Paulo — O BMG, banco ligado ao escândalo do Mensalão no governo Lula, mantém acordos com o INSS para descontos de empréstimos consignados de aposentados, enfrentando condenações judiciais por fraudes. Levantamentos indicam ocorrências de assinaturas falsas e parcerias com correspondentes envolvidas em irregularidades, como revelado pelo Metrópoles em reportagens que impulsionaram investigações da Polícia Federal sobre um esquema de fraudes bilionárias.
1 de 11
Carros de luxo apreendidos com o “Careca do INSS”
Reprodução/PF
2 de 11
Motos importadas apreendidas na casa do “Careca do INSS”
Reprodução/PF
3 de 11
Mala de dinheiro apreendida em apartamento do “Careca do INSS”
Reprodução/PF
4 de 11
Polícia Federal deflagrou operação por fraudes no INSS
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
5 de 11
PF cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão na Operação Sem Desconto
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
7 de 11
PF aponta três operadores da farra dos descontos contra aposentados, incluindo o “Careca do INSS” (ao centro)
Reprodução
8 de 11
Jorge Messias, chefe da AGU
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
9 de 11
Vinícius Carvalho, chefe da CGU
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
10 de 11
Novo chefe da Previdência
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
11 de 11
“Ninguém é autorizado a falar em nome do INSS”, afirma o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
Multa milionária e assinatura falsa
- BMG foi multado em R$ 5,1 milhões pela Senacon por irregularidades em créditos consignados de aposentados, conforme auditoria do TCU.
- Uma aposentada de 69 anos teve R$ 5 mil descontados de sua aposentadoria devido a um cartão de crédito que nunca contratou.
- O banco apresentou um contrato com sua assinatura, que ela negou ter feito.
- Uma perícia apontou “divergências gráficas suficientes” para desconsiderar a assinatura, resultando em R$ 5 mil de indenização para a aposentada.
Elo com a farra do INSS
Correspondentes do BMG, identificados em investigações, aparecem em associações suspeitas por fraudes nos descontos de mensalidades associativas, estimadas em R$ 6,3 bilhões. Um ex-gerente do banco está ligado a uma empresa que recebeu R$ 15 milhões de associações relacionadas a esse esquema.
Entidades ligadas a Maurício Camisotti, sob suspeita de corrupção, negam as acusações. Uma dessas entidades, o Balcão das Oportunidades, recebe 100% da primeira mensalidade dos novos associados para atrair filiados em troca da venda de consignados.
O BMG e o Balcão enfrentam queixas de aposentados sobre descontos indevidos. Em um caso, uma aposentada de São Paulo negou ter feito a contratação de um cartão e, embora o banco tenha apresentado um áudio da ligação, a Justiça condenou ambos a pagarem R$ 3 mil pela contratação irregular.
O BMG não se manifestou quando contatado pelo Metrópoles. O espaço continua aberto para comentários.
Comentários Facebook