A Polícia Federal identificou um esquema suspeito envolvendo entidades ligadas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cujos dirigentes seriam laranjas de empresários, resultando em um faturamento de R$ 1,7 bilhão. Entre os dirigentes estão pessoas beneficiárias de programas sociais e familiares usados como laranjas em fraudes que prejudicaram milhões de aposentados e atrasaram a fila de benefícios, causando um prejuízo operacional de R$ 5,9 milhões ao INSS.
Essas associações utilizavam procurações para que empresários e lobistas, como Antonio Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, agissem em seu nome. Investigações apontam o pagamento de propinas a dirigentes do INSS. A Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), por exemplo, firmou acordo em 2021, faturando R$ 168 milhões sob direção de Raimunda da Cunha.
Outra entidade, a Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN), coordenada por uma ex-beneficiária do Bolsa Família, Maria Eudenes dos Santos, faturou R$ 233 milhões. Ela concedeu procuração a Tiago Alves de Araújo, que possuía ligações próximas a entidades suspeitas. Antônio Lúcio Caetano Margarido, associado à Unaspub, era dono de empresas envolvidas em movimentações financeiras suspeitas.
A associação Universo, também investigada, faturou R$ 255 milhões. Seu vínculo com empresários e práticas questionáveis inclui pagamentos suspeitos. Já as entidades Ambec, Unabrasil (antes Unsbras) e Cebap têm diretores próximos a Maurício Camisotti, incluindo uma faxineira em sua diretoria. Estas entidades, credenciadas entre 2021 e 2023, arrecadaram R$ 852 milhões.
Esse escândalo ressalta a necessidade de controle mais rigoroso e transparência no INSS. Compartilhe suas opiniões nos comentários e participe da discussão sobre como combater fraudes em sistemas públicos de seguridade.
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