Em uma coletiva de imprensa ocorrida nesta terça-feira (27/5), Gilberto Waller Jr., presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), garantiu que todos os aposentados e pensionistas afetados pelos recentes descontos indevidos receberão ressarcimento até 31 de dezembro de 2025. O esquema fraudulento, que veio à tona por meio de reportagens do Metrópoles, levou a uma operação da Polícia Federal em abril de 2025.
“Podemos assegurar que todos que foram prejudicados receberão suas indenizações até o final do ano”, afirmou Waller Jr. durante uma reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Em uma intervenção significativa, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, complicou a previsão, sugerindo que o ressarcimento pode ocorrer até antes do prazo final.
Após a reunião, Waller Jr. esclareceu aos jornalistas que a realização dos pagamentos não necessariamente ocorrerá em dezembro, mas que há um planejamento meticuloso em andamento. “Não posso compartilhar todos os detalhes para evitar criar falsas expectativas nos segurados”, acrescentou.
O governo Lula está atualmente analisando a possibilidade de utilizar recursos públicos para cobrir o pagamento das vítimas. Waller Jr. indicou que o Tesouro Nacional poderá financiar esses ressarcimentos, com futuro reembolso assegurado. “Podemos adiantar o recurso e depois compensar o Tesouro. Para os R$ 1 bilhão necessários, já temos uma fonte garantida através do bloqueio de recursos de entidades”, explicou.
O escândalo que envolve o INSS foi desvendado pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023. A cobertura fez emergir a alarmante realidade de que a arrecadação com descontos de mensalidade de aposentados saltou para R$ 2 bilhões em apenas um ano, apesar das numerosas ações judiciais por fraude contra as associações. Essa revelação resultou na abertura de um inquérito pela Polícia Federal e impulsionou as investigações da Controladoria-Geral da União (CGU).
Com 38 matérias do portal apresentadas como evidência, a Operação Sem Desconto foi desencadeada em 23 de abril, resultando na demissão do presidente do INSS e do ministro da Previdência à época.
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