Na próxima sexta-feira, dia 23 de maio, Roma será o cenário da quinta rodada de negociações nucleares entre o Irã e os Estados Unidos, com a mediação de Omã. Este encontro é mais um passo nas delgadas tratativas que se iniciaram em 12 de abril, com o intuito de estabelecer um novo acordo que impeça o Irã de desenvolver armas nucleares, em troca do alívio das sanções que afetam severamente a economia do país.
A mediação de Omã foi confirmada pelo chanceler do país, Badr al Busaidi, que anunciou o evento através da rede social X. A chancelaria iraniana também ratificou a aceitação da proposta, evidenciando a disposição de Teerã em continuar as conversas na capital italiana.
O histórico recente dessas negociações revela desafios significativos. O acordo original, firmado em 2015, tornou-se insustentável após a retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018, durante o governo Trump. As novas sanções reimpostas pelo governo norte-americano levaram o Irã a desconsiderar os compromissos assumidos, resultando em aumentos alarmantes no nível de enriquecimento de urânio, que hoje alcança 60%, bem acima do limite estabelecido de 3,67%.
Em meio ao otimismo cauteloso, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, expressou um ceticismo profundo sobre o progresso das negociações. “Não acreditamos que vão dar algum resultado”, comentou em recente discurso, sublinhando que o direito do Irã a enriquecer urânio é um ponto inegociável.
Nos Estados Unidos, o secretário de Estado, Marco Rubio, mantém a esperança de que um acordo seja alcançado. Contudo, a tensão entre a afirmação do Irã sobre o uso pacífico de sua energia nuclear e a insistência americana em condições rigorosas ainda paira como uma “linha vermelha” nas tratativas.
O que você acha sobre essa complexa rede de negociações? Acredita que um acordo viável pode surgir desse diálogo? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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