O jornalista peruano Raúl Celis López, âncora de uma rádio na fronteira com o Brasil, foi assassinado a tiros em Iquitos, na quarta-feira (7). Ele é o segundo jornalista a ser morto no Peru este ano, após o assassinato de Gastón Medina, em janeiro, por denúncias de corrupção e extorsão.
López, de 70 anos, foi abordado por dois homens encapuzados em uma motocicleta quando se dirigia ao trabalho de mototáxi. A rádio onde trabalhava, Karibeña, denunciou a violência e a impunidade que permeiam a região, ressaltando a importância do seu programa diário, que abordava a violência de grupos criminosos em Iquitos.
A Associação Nacional de Jornalistas (ANP) clamou por ações rápidas diante desse crime, que abala o cenário jornalístico nacional. O Instituto Imprensa e Sociedade levantou a possibilidade de que o assassinato esteja relacionado ao trabalho de López, exigindo investigação imediata.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) também pediu uma investigação aprofundada, expressando preocupação com a situação. Enquanto isso, o Ministério do Interior lançou um plano para capturar os responsáveis.
Organizações civis convocaram uma manifestação em Iquitos, destacando a crescente onda de violência e extorsão que afeta a cidade. O assassinato ocorre na mesma semana em que uma jovem de 23 anos foi morta durante um assalto, refletindo a crise de segurança que leva o país a declarar estado de emergência.
Esse trágico ocorrido reforça a urgência de proteger jornalistas e garantir a segurança em um contexto de crescente impunidade. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários.
Comentários Facebook