Em janeiro, um vídeo de uma juíza sobre seu salário viralizou, revelando que a realidade salarial da categoria é muito diferente da percepção popular. Ela mencionou que o salário varia entre R$ 24 mil e R$ 45 mil em Minas Gerais, incluindo “penduricalhos”.
Mas, quais são os salários no Poder Judiciário brasileiro? Um estudo da Demografia Médica no Brasil 2025, baseado na Receita Federal e no Imposto de Renda de 2022, revelou dados das carreiras públicas, incluindo as jurídicas. As comparações mostram que a medicina é a 6ª categoria mais bem remunerada.
Os titulares de cartórios lideram a lista com um rendimento médio de R$ 159.999, superando em mais de duas vezes qualquer outra carreira pública analisada, ressaltando o alto potencial de lucratividade.
Logo abaixo, aparecem membros do Poder Judiciário (ministros, juízes e desembargadores) e do Tribunal de Contas (ministras e conselheiros), com uma média de R$ 69.755. Essas remunerações geram discussões sobre os “penduricalhos”, que são benefícios e gratificações além do salário base e que, muitas vezes, não são considerados verbas remuneratórias, podendo ultrapassar o teto constitucional.
Em seguida, estão os membros do Ministério Público, recebendo em média R$ 68.999 mensais.
Diplomatas e advogados do setor público possuem salários médios de R$ 48.700 e R$ 38.161, respectivamente, ambos ainda acima da média do setor público e distantes da realidade da maioria dos trabalhadores da iniciativa privada.
Esses números destacam a disparidade significativa nos altos salários do Judiciário e dos titulares de cartório em relação a outras funções, evidenciando um tema que merece reflexão.
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