O julgamento de Sean “Diddy” Combs, que enfrenta acusações federais de extorsão e tráfico sexual, teve a seleção dos jurados adiada de sexta-feira (9) para segunda-feira (12). A decisão foi tomada pelo juiz federal Arun Subramanian para evitar que, ao longo do fim de semana, os jurados escolhidos desistissem por medo.
Durante a semana, 45 candidatos foram interrogados sobre sua imparcialidade, com o objetivo de selecionar 12 jurados e seis substitutos. O processo é especialmente complicado devido à fama de Diddy, um dos bilionários do hip-hop, e à necessidade de se manter a imparcialidade.
A busca pela imparcialidade é desafiadora, especialmente após a divulgação de um vídeo de 2016 em que Diddy aparece agredindo Cassie Ventura, sua ex-namorada. Após ser acusado, ele também enfrentou alegações de intimidação de testemunhas.
A equipe de defesa ganhou a advogada Nicole Westmoreland, que trouxe consigo uma experiência pessoal relevante. Ela é uma sobrevivente de estupro, o que levanta a questão sobre seu papel durante o interrogatório de Cassie, que descreve suas experiências de abuso e sofrimento — incluindo agressões e exploração sexual.
A defesa poderá alegar um histórico de violência mútua entre Cassie e Diddy, uma estratégia que promete ser contestada pelos promotores. O juiz Subramanian já antecipou que pessoas fortes podem sofrer coerção, iluminando a complexidade do caso que se assemelha a disputas notórias como a de Johnny Depp e Amber Heard.
Uma testemunha importante, descrita como “vítima número 3”, está evitando contato com os promotores, levantando incertezas sobre sua presença no tribunal. Isso adiciona uma camada de complexidade ao já tenso julgamento.
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