Uma juíza departamental anulou recentemente o mandado de prisão contra o ex-presidente boliviano Evo Morales em um caso agravado de tráfico de pessoas. Nelson Cox, advogado de Morales, afirmou que ele agora tem “liberdade irrestrita”, sendo o processo transferido para Villa Tunari, no Trópico de Cochabamba, região em que Morales exerce forte influência política e sindical.
Em outubro de 2024, a promotora de Tarija havia emitido o mandado de prisão sob a acusação de Morales ter tido um filho com uma menor de idade quando presidente. No entanto, a decisão judicial agora suspende qualquer ação que restrinja seus direitos. A defesa de Morales busca provar sua “absoluta inocência” em um processo que consideram “repleto de irregularidades”.
O tribunal de Tarija, anteriormente, declarou Morales ausente e ordenou sua prisão preventiva, congelamento de bens, e proibição de sair do país após sua ausência em audiências alegando problemas de saúde. Este mandado gerou bloqueios de rodovias por simpatizantes de Morales durante 24 dias.
Com planos de concorrer à presidência em agosto nas eleições nacionais, Morales desafia uma decisão constitucional que impede a reeleição para um terceiro mandato consecutivo ou intercalado. Ele e seus apoiadores devem se registrar em La Paz em maio, ainda sem partido oficialmente revelado após se afastar da liderança do MAS, partido que ajudou a fundar.
O distanciamento de Morales do atual presidente e ex-aliado Luis Arce demonstra as divisões internas. Arce já se posicionou como candidato à reeleição pelo partido governista.
Comente abaixo ou compartilhe sua opinião sobre os desdobramentos deste caso envolvendo Evo Morales e a política boliviana.
Comentários Facebook