O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tomou uma decisão importante ao afastar cautelarmente a juíza Maria do Socorro de Sousa Afonso e Silva, que responde pela Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). A medida foi motivada por uma irregularidade grave na decisão que impediu a realização de um aborto legal em uma adolescente de apenas 13 anos, vítima de estupro. A notícia veio à tona nesta quarta-feira (21), divulgada pelo The Intercept, o mesmo veículo que acompanhou o caso ao longo de 2023.
A jovem, residente em Goiás, teve seu pedido de aborto negado após o pai solicitar a proibição do procedimento. É importante ressaltar que o suposto agressor é uma pessoa próxima a essa figura paterna. Neste cenário delicado, a menina estava com 28 semanas de gravidez, o que complicou ainda mais a situação.
Em um desdobramento angustiante, a adolescente revelou ao Conselho Tutelar que desejava interromper a gestação desde a 18ª semana. Para agravar a situação, ela deixou claro em mensagens que, caso não tivesse acesso ao procedimento legal, buscaria uma alternativa por conta própria, refletindo a gravidade e a desespero de sua condição.
Este caso não apenas destaca as falhas do sistema judiciário, mas também levanta questões profundas sobre direitos reprodutivos e a proteção de crianças em situações vulneráveis. A sociedade precisa refletir sobre como garantir a segurança e o bem-estar das vítimas, assegurando que vozes jovens sejam ouvidas e respeitadas. O que você acha sobre a decisão do CNJ? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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