Recentemente, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) tomou uma decisão crucial para a saúde pública: a regularização dos exames ginecológicos e de epilepsia. Essa medida, resultado de ações coletivas promovidas pelo Núcleo de Saúde da Defensoria Pública (DPDF), visa eliminar as longas filas para exames como a colposcopia e o vídeo eletroencefalograma.
Com a colposcopia sendo um exame vital para a detecção precoce do câncer do colo do útero, a Secretaria de Saúde relata que atualmente há 789 mulheres na fila, enquanto apenas 199 vagas foram disponibilizadas em maio. Essa disparidade gera preocupações, principalmente quando analisamos que pacientes de regiões mais vulneráveis enfrentam esperas que podem se prolongar por anos.
O defensor público Ramiro Sant’Ana destaca que a desigualdade é alarmante: “Enquanto na área central de Brasília o atendimento é ágil, as mulheres de regiões administrativas menos favorecidas aguardam por meses, se não anos.” As normas estipulam um prazo de 10 dias para pacientes prioritários, mas, no DF, há casos de até 817 dias de espera para colposcopias.
A situação do vídeo eletroencefalograma é ainda mais crítica. Há 25 anos, o DF deveria ofertar esse exame essencial para o tratamento de epilepsia, mas, até agora, nunca foi disponibilizado. Essa falta de atendimento, reconhecida pelo Poder Judiciário, evidencia a omissão na gestão do sistema de saúde local.
Embora o Hospital de Base tenha autorização do Ministério da Saúde para realizar o exame, ele ainda não está em operação, e atualmente existem mais de 110 ações judiciais envolvendo pacientes que buscam pelo vídeo eletroencefalograma. As decisões judiciais que solicitaram a regularização dos exames têm caráter liminar, o que significa que ainda podem ser objeto de recurso.
A Secretaria de Saúde e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) manifestaram seu compromisso em ampliar o acesso aos serviços de saúde, argumentando que estão trabalhando em soluções para os desafios estruturais. Para o vídeo eletroencefalograma, os órgãos afirmam que estão implementando as adequações necessárias para que o exame comece a ser realizado.
A melhoria na saúde pública é um tema que nos toca a todos. O que você pensa sobre a situação dos exames ginecológicos e de epilepsia no DF? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão tão importante.
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