Na última quinta-feira, dia 29, a Justiça de Juazeiro, no norte da Bahia, tomou uma decisão surpreendente ao revogar a prisão preventiva de quatro acusados de estupro de vulnerável, relacionados ao triste caso de uma criança de apenas 5 anos. O magistrado, ao analisar novas evidências, levantou ‘fundadas dúvidas’ sobre a veracidade das acusações, que mobilizaram a opinião pública em todo o estado.
No dia 25, familiares e amigos da mulher acusada realizaram uma manifestação no bairro Alto da Maravilha, clamando por justiça e defendendo sua inocência. Esse ato coletivo reflete a tensão social gerada pelo caso e a busca por esclarecimentos.
O delegado Thiago Rodrigues, em entrevista à RedeGN, explicou que as investigações começaram após o pai da menina notar uma mudança significativa no comportamento da criança. Em uma escuta especializada, a vítima confirmou os indícios de abusos, que, segundo as primeiras análises, teriam iniciado quando ela tinha apenas três anos.
O juiz Aroldo Carlos Borges do Nascimento fundamentou sua decisão no fato de que o Ministério Público apresentou novas mídias que suscitaram dúvidas sobre a legitimidade das informações obtidas durante a escuta. Além disso, foi destacado que, devido a essas incertezas, a manutenção das prisões se tornou desarrazoada e novas diligências eram necessárias.
Embora tenha revogado a prisão preventiva, o juiz ressaltou que os investigados não foram inocentados. Eles deverão comparecer em cartório e cumprir medidas cautelares, assegurando que estarão presentes em todas as etapas do processo judicial.
O advogado Silvino Agustinho Pereira Junior expressou otimismo ao confirmar que a defesa já está empenhada em cumprir o alvará de soltura. “A nossa próxima fase será a instrução processual, que, estou convencido, resultará na inocência de todos, com base em todo o material probatório que possuímos”, finalizou o advogado.
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