CONSAGRAÇÃO
Longa é estrelado pelo baiano Wagner Moura e já havia conquistado dois prêmios paralelos antes da premiação
Por Bianca Carneiro
24/05/2025 – 14:20 h

Distinção marca mais um passo histórico para o brasileiro no exterior –
O cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho venceu o prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes 2025, consagrando sua carreira com ‘O Agente Secreto’. O longa é estrelado pelo baiano Wagner Moura e já havia conquistado dois prêmios paralelos antes da premiação.
A cerimônia foi realizada neste sábado, 24, na Riviera Francesa. Reconhecido por sua linguagem estética ousada e politicamente engajada, Mendonça encantou o júri com a direção do thriller ambientado em Recife, sua terra natal, durante a ditadura militar brasileira.
A distinção marca mais um passo histórico para o brasileiro no exterior, que já havia sido destaque com ‘Aquarius’ e ‘Bacurau’ – que ganhou o Prêmio do Júri em Cannes-, agora se consolida como um dos grandes autores do cinema contemporâneo.
A vitória fortalece ainda mais a campanha internacional de O Agente Secreto, que será distribuído nos EUA pela Neon e no Brasil pela Vitrine Filmes.
Sinopse de O Agente Secreto
Ambientado na década de 1970, durante a ditadura militar no Brasil, O Agente Secreto acompanha Marcelo, um especialista em tecnologia que tenta fugir do passado e encontra em Recife um cenário ainda mais perigoso. O filme mistura tensão política, drama pessoal e suspense psicológico com excelência técnica e narrativa.
Além de Wagner Moura, o elenco conta com Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Isabél Zuaa e Alice Carvalho.
Estreia de O Agente Secreto no Brasil
O Agente Secreto será distribuído em território nacional pela Vitrine Filmes, e deve estrear nos cinemas brasileiros no segundo semestre de 2025, ainda sem data definida.
Único filme brasileiro a ganhar em Cannes foi gravado em Salvador
O clássico ‘O Pagador de Promessas’, dirigido por Anselmo Duarte, permanece até hoje como o único filme brasileiro vencedor da Palma de Ouro. A obra foi rodada em Salvador, na icônica igreja do Santíssimo Sacramento da Rua do Passo, no Centro Histórico, e narra a trajetória de Zé do Burro, interpretado por Leonardo Villar, um homem simples que decide cumprir a promessa de carregar uma cruz até a capital baiana após a cura de seu burro.
Além da consagração em Cannes, o longa também se tornou o primeiro filme sul-americano indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, elevando ainda mais a importância dessa produção na história do cinema nacional.
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