Aliados de Luiz Inácio Lula da Silva preveem a queda do ministro Carlos Lupi, mesmo sem provas de envolvimento direto nos descontos ilegais de aposentadorias do INSS. A percepção é de que Lupi não agiu adequadamente frente ao escândalo.
Conforme indicam fontes do governo, Lupi pode deixar o cargo nesta sexta. A expectativa é de que ele se encontre com o presidente no Planalto. Wolney Queiroz é cotado para assumir o ministério.
Fontes próximas a Lupi dizem que ele se sente desconfortável, especialmente após não ter participado na escolha do novo presidente do INSS. Gilberto Waller Júnior foi nomeado para o cargo com um perfil de “xerife”.
A investigação aponta que os descontos não autorizados se intensificaram a partir de 2019, crescendo até 2023. Interlocutores de Lula ressaltam que o esquema surgiu em governos passados e que a gestão atual está investigando.
Apesar do esforço do governo em corrigir o problema, Lupi é visto como omisso, tornando sua permanência insustentável. A CGU informou que o INSS ignorou alertas em 2024, sem responder a seis ofícios solicitando ações.
O INSS, no entanto, afirma ter respondido a uma recomendação sem obter retorno. Espera-se que Lupi, pressionado, entregue o cargo. Gleisi Hoffmann coordena essa transição, aguardada para ocorrer até segunda-feira.
A saída de Lupi, presidente licenciado do PDT, requer sensibilidade, mas a previsão é que se concretize em breve. Participe da discussão: qual sua opinião sobre essa mudança no ministério?
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