Malafaia manda recado a Tarcísio e Centrão sobre prisão de Bolsonaro

Nesta semana, o pastor Silas Malafaia fez uma declaração contundente, afirmando que “urubus estão se articulando” em antecipação à possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sua mensagem, direcionada ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e líderes do Centrão, como Gilberto Kassab (PSD), Ciro Nogueira (PP) e Antônio Rueda (União Brasil), é um apelo claro à união.

“Estão pensando que, se prenderem Bolsonaro na covardia, ele ficará fora do jogo eleitoral de 2026. Na verdade, ele surgirá mais forte do que nunca! Estejam cientes de que nenhum de vocês é nada sem Bolsonaro”, declarou Malafaia, enfatizando também o potencial de Michelle Bolsonaro, que é extremamente bem avaliada após o ex-presidente. “Os urubus ficarão com fome, pois não haverá carniça,” acrescentou, em um claro recado à sua audiência.

Aliados de Malafaia deixaram claro que sua mensagem tinha um intuito de sensibilizar os líderes, especialmente numa fase em que Bolsonaro se encontra inelegível até 2030, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-presidente, no entanto, se mantém otimista sobre reverter essa situação e ser o candidato de direita em 2026. Frequentemente, ele menciona familiares como possíveis alternativas, sinalizando que o jogo ainda não acabou.

Apesar das diversas figuras da direita, como os governadores Ratinho Júnior (PSD-PR), Eduardo Leite (PSD-RS) e Ronaldo Caiado (União-GO), que já se declararam candidatos à presidência em 2026, Tarcísio é visto como uma opção influente, mesmo sem confirmar sua candidatura. Essa dinâmica tem gerado frustração entre os correligionários de Bolsonaro.

Enquanto isso, facções do Centrão, alinhadas à oposição, sugerem que os pré-candidatos mobilizem suas bases. A intenção é verificar a viabilidade de uma candidatura de direita fora do círculo de Bolsonaro, especialmente contra o atual presidente Lula (PT). Debates continuam em torno de uma possível aliança entre o PSD, União Brasil e PP, que estão decidindo se optam pela união ou se permanecem em seus ministérios no governo.