O pastor Silas Malafaia se viu novamente no centro de uma controvérsia após confrontar a imprensa de maneira contundente. Desta vez, o alvo de suas críticas foi o portal ICL Notícias, que publicou uma reportagem investigativa assinada pelo jornalista Igor Mello. Intitulada “Império Malafaia”, a matéria investigou a rede de influência e poder do líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC).
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Malafaia atacou os jornalistas, mas sua reação apenas intensificou a polêmica. O ICL respondeu às suas alegações com uma série de declarações passadas do próprio pastor e documentos públicos que contradizem suas afirmações atuais.
Um dos pontos mais polêmicos foi a negação de Malafaia sobre suas origens humildes. “Eu não vim de família pobre”, disparou, ignorando relatos anteriores nos quais compartilhou suas dificuldades financeiras. Ele mesmo havia mencionado, em 2013, ter vendido seu carro e usado transporte público para manter sua programação evangélica, destacando até que só não vendeu sua família porque não podia.
Outro aspecto controverso abordado no vídeo diz respeito à gestão de seu patrimônio. Malafaia desmentiu acusações sobre a mistura de bens da igreja e do seu patrimônio pessoal, prometendo processar os responsáveis pela reportagem. Contudo, documentos que ele apresentou indicam que assina contratos em nome da ADVEC e de outras entidades sob seu controle, como a Editora Central Gospel, sugerindo uma sobreposição entre sua vida religiosa e suas atividades comerciais.
Adicionalmente, o pastor lançou luz sobre seu jato particular, comprado por U$ 1,4 milhão, e admitiu estar em busca de um novo. Embora afirme que a aeronave é utilizada para atividades ministeriais, deixou claro que a decisão sobre a troca é exclusivamente sua, o que levanta questionamentos sobre a linha entre sua vida privada e as operações da igreja.
No que diz respeito à transparência financeira, Malafaia se negou a revelar o valor do seu salário, alegando que isso não é de sua obrigação. No entanto, dados obtidos pelo ICL revelam que ele declarou ter recebido R$ 962 mil da igreja em 2018, justificando parte desse valor como uma “oferta de aniversário”, uma justificativa que não aparece em suas declarações de Imposto de Renda.
Em um depoimento à Polícia Federal em 2016, Malafaia mencionou uma renda mensal de R$ 100 mil, mas sem clareza sobre a origem exata desses valores, gerando ainda mais suspeitas.
Durante o vídeo, o pastor também citou investigações da Receita Federal sobre a Associação Vitória em Cristo, responsável por financiar seus programas de TV. Segundo ele, mais de 85% das contribuições à associação são feitas via boleto. No entanto, gráficos apresentados por Malafaia apenas mostram a quantidade de doações, sem responder às questões sobre o volume financeiro e a origem de grandes contribuições, especialmente aquelas acima de R$ 100 mil, que representaram 60% das receitas em 2010.
O desenrolar dessa história levanta questões intrigantes sobre a transparência e a ética nas relações entre religião e finanças. O que você pensa sobre a situação de Malafaia? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!
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