Marina fala em retrocesso e desmonte do licenciamento ambiental após pressão de Alcolumbre

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestou sua oposição à tentativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, de aprovar um projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental no Brasil. Segundo Marina, essa proposta representa um retrocesso significativo no processo de licenciamento do país.

O projeto, que estava parado, ganhou impulso devido à determinação de Alcolumbre, alinhando-se aos interesses da bancada ruralista e visando pressionar pela liberação da exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Marina enfatizou que vários aspectos do texto, que já passou pela Câmara dos Deputados, são prejudiciais e que o ministério está buscando reverter essas mudanças.

Esse projeto é visto como parte do chamado “pacote da destruição” e suas críticas apontam que ele afeta diretamente as normas de proteção ambiental no Brasil. Alcolumbre, incentivando a discussão sobre o projeto, busca pressionar Marina em resposta à não liberação da exploração de petróleo na região.

Enquanto Alcolumbre avança com sua proposta, o Palácio do Planalto se manteve omisso, deixando a ministra em uma posição isolada. Marina destacou a importância do licenciamento ambiental como uma ferramenta crucial para a proteção das florestas, da biodiversidade e dos recursos hídricos do país.

A questão da Foz do Amazonas gera divergências dentro do governo, com o presidente Lula defendendo a exploração. A proposta de flexibilização, embora não afete diretamente a licença da Foz, é considerada uma pressão política para que a Petrobras tenha autorização para explorar petróleo na área.

A execução do projeto tem sido criticada por ambientalistas que alertam sobre a possibilidade de afetar cerca de 80 mil licenciamentos. Suely Araújo, ex-presidente do Ibama, foi contundente ao afirmar que, caso a proposta seja aprovada, representará um dos maiores retrocessos na política ambiental brasileira nas últimas quatro décadas.

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