José Alberto Mujica Cordano, conhecido como Pepe Mujica, faleceu nesta terça-feira (13) aos 89 anos, devido a complicações de um câncer no esôfago. Nascido na periferia de Montevidéu durante a década de 1930, perdeu o pai aos sete anos e começou a trabalhar cedo. Desde jovem, participou de competições de ciclismo e de sua militância política.
Influenciado pelo tio, Mujica se filiou ao Partido Nacional, mas logo se tornou um militante de esquerda. Criou a União Popular e, em 1964, fez parte da guerrilha Tupamaros. Após a declaração de estado de guerra contra o movimento em 1972, ele foi preso várias vezes, passando anos em isolamento e enfrentando torturas. Sua libertação ocorreu em 1985, com a redemocratização do Uruguai.
De volta à vida pública, fundou o Movimento de Participação Popular e foi eleito deputado e senador. Em 2009, com uma vitória histórica, assumiu a presidência do Uruguai, onde ficou conhecido por suas políticas progressistas, como a despenalização do aborto e a legalização da maconha. Seu governo foi marcado por uma significativa redução do desemprego e avanços econômicos.
Após deixar a presidência em 2015, continuou como senador até 2020. Conhecido por sua humildade, viveu em uma pequena fazenda e doou grande parte de seu salário. Mujica era respeitado por seu diálogo aberto, frequentemente convidando opositores para conversar.
Casado com Lucía Topolansky desde 2005, não tiveram filhos. Em abril de 2024, recebeu o diagnóstico de câncer esofágico, que se agravou devido a uma doença autoimune. Em suas últimas aparições, optou por não buscar tratamento e desejou se despedir de seus compatriotas na tranquilidade de sua fazenda.
As palavras de Mujica resumem sua perspectiva: “A vida é uma bela aventura e um milagre.” Compartilhe suas memórias ou opiniões sobre este grande líder nos comentários.
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