Altos funcionários dos EUA e da China se reuniram no sábado (10/5) em Genebra, dando um passo inicial para mitigar a guerra comercial iniciada pela administração de Donald Trump, impactando a economia global.
O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, encontrou-se com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, após semanas de crescentes tensões, que fizeram com que as tarifas de importação entre as duas potências ultrapassassem 100%.
A disputa comercial, acentuada pela imposição de tarifas por Trump, interrompeu cadeias de suprimentos, perturbou mercados financeiros e elevou temores de recessão global. Conforme relatado pelo jornal The Guardian e pela agência de notícias estatal chinesa.
Trump mencionou uma tarifa de 80% sobre produtos chineses, apresentando uma nova alternativa às tarifas de 145%. O local exato das negociações foi mantido em segredo, mas testemunhas relataram a presença de veículos policiais em um subúrbio de Genebra.
Por volta das 9h30, horário local, Bessent e outros representantes americanos passaram pelo hotel Intercontinental, evitando comentar com jornalistas antes de embarcarem em seus veículos.
A delegação chinesa deixou o hotel President Wilson, recebendo extensa escolta policial, enquanto a mídia estatal confirmava o início das negociações, que se estenderiam durante o fim de semana.
Tarifas de 245%
Desde o início do ano, as tarifas sobre produtos chineses totalizam 145%, com algumas chegando a 245%.
Em resposta, a China impôs tarifas de 125% sobre produtos dos EUA, criando um embargo comercial quase total entre as duas economias.
Pequim exige que os EUA suspendam suas tarifas e se compromete a proteger seus interesses. Bessent ressaltou que as reuniões em Genebra se focariam na desescalada e não em um grande acordo comercial.
A chefe da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, considerou as negociações um passo positivo e construtivo rumo à desescalada.
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