A Americanas enfrenta um novo capítulo desafiador, registrando um prejuízo de R$ 496 milhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda acentuada frente ao lucro de R$ 453 milhões no mesmo período do ano anterior. Em entrevista ao Metrópoles, executivos afirmaram que a ausência da Páscoa neste período impactou significativamente os resultados, contrastando com o desempenho de 2024, onde a celebração representou 32% das vendas nas lojas. Para o CEO, Leonardo Pereira, a Páscoa é crucial, quase equiparada ao Natal, e esse hiato resultou em um crescimento de 14,2% nas vendas, se considerada a comparação anual.
Em meio a esse panorama desafiador, a gestão da Americanas revelou que está disposta a ser “implacável” com os ex-executivos envolvidos na maior fraude da história corporativa do Brasil, avaliada em R$ 25,2 bilhões. A atual direção, junto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, se mostra determinada a responsabilizar os antigos gestores, um compromisso reafirmado pelo vice-presidente jurídico, Fábio Medeiros.
Durante a conversa, foi destacado que a perda no setor digital foi alarmante, com uma queda de 60% nas vendas. Leonardo Pereira reconheceu que a proposta de valor original não atendia às necessidades do mercado, resultando em prejuízos significativos. A nova estratégia visa transformar o digital, utilizando as lojas físicas como um recurso para melhorar a eficiência e a entrega.
Ao discutirem os erros cometidos, Leonardo admitiu que houve uma demora em redefinir a proposta de valor da empresa. Contudo, a equipe viu um aumento significativo na frequência de clientes nas lojas físicas, de 10% para 50%, revelando uma resposta positiva a melhorias em sortimento e atendimento.
No entanto, o maior desafio continua sendo a recuperação da empresa após a fraude. Leonardo apontou a incerteza e a falta de informação no início de 2023 como um dos momentos mais difíceis. Para ele, a operação da Americanas foi negligenciada devido à calamidade gerada pela fraude, evidenciando a necessidade urgente de reestruturação.
Os executivos estão comprometidos em buscar justiça e ressarcimento por meio de ações legais contra os ex-dirigentes, visando assegurar que os responsáveis enfrentem as consequências. Fábio Medeiros enfatizou que todos os recursos legais serão mobilizados na busca pela responsabilização dos envolvidos.
Neste contexto de superação, o CEO acredita que a aprovação da recuperação judicial em 2024 foi um primeiro passo crucial. Embora a Americanas enfrente desafios típicos de uma corporação normal, ela já se destaca como uma empresa em processo de recuperação, pronta para enfrentar o mercado novamente.
E você, o que pensa sobre a forma como a Americanas está lidando com essa crise? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!
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