As negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos, que ocorreram em Roma nesta sexta-feira (23), foram descritas como “construtivas” por representantes de Washington. Embora a situação entre os países permaneça complexa, ambos perceberam progressos nas discussões que começaram em 12 de abril sobre o programa nuclear iraniano. Um alto funcionário dos EUA, que pediu para não ser identificado, declarou: “As conversas foram produtivas, ainda há desafios pela frente, mas estamos avançando.”
Nesse encontro, o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, se reuniu com o enviado americano ao Oriente Médio, Steve Witkoff. Este foi o primeiro diálogo em um nível tão elevado desde que os Estados Unidos se retiraram do acordo nuclear de 2015, durante o governo de Donald Trump. O pacto previa a limitação do programa nuclear do Irã em troca da suspensão das sanções, mas ficou obsoleto após a saída americana.
Durante a conversa, que durou cerca de três horas, Araghchi reconheceu a dificuldade das negociações, afirmando que eram “mais complicadas do que o esperado”. Entretanto, ele elogiou o caráter profissional dos diálogos. O ministro das Relações Exteriores de Omã, mediador do encontro, Badr al Busaidi, também comentou sobre o progresso alcançado, mas destacou que ainda há questões a serem resolvidas para que um acordo duradouro seja possível.
O Irã atualmente enriquece urânio a 60%, significativamente acima do limite de 3,67% definido pelo antigo acordo, mas abaixo dos 90% necessários para elaborar armas nucleares. Teerã nega manter intenções armamentistas, sustentando que seu objetivo é o desenvolvimento de energia nuclear para fins civis.
Enquanto isso, Trump, que retornou à Casa Branca, reafirmou seu apoio ao diálogo, mas não hesitou em alertar que a opção militar será considerada caso as negociações não resultem em ações concretas. O Irã, por sua vez, continua em busca de um novo acordo que facilite a flexibilização das sanções que atormentam sua economia.
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