Presidente considerou operação ainda mais grave por retirar dinheiro do povo e promete investigação completa sobre possíveis envolvimentos do governo passado.

  • Jovem Pan
  • 10/05/2025 08h32

Ricardo Stuckert / PR

Luiz Inácio Lula da Silva

Ao fim de sua viagem à Rússia, Lula foi questionado sobre a reparação das vítimas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou, neste sábado (10), sobre a investigação da fraude no INSS e o ressarcimento de aposentados e pensionistas afetados pelo esquema. Lula relacionou os escândalos ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e destacou a necessidade de uma investigação minuciosa.

A situação levou à troca no comando do Ministério da Previdência Social e foi amplamente utilizada pela oposição. Segundo Lula, a apuração é cuidadosa, buscando informações de inteligência e evitando ‘pirotecnia’. O mandatário acredita que enquanto existam instituições sérias no INSS, outras foram criadas para fraudes.

O escândalo gerou a Operação Sem Desconto, que investiga ao menos R$ 6 bilhões de descontos não autorizados em benefícios. Lula reforçou que o caso está sob análise da Justiça.

“Tanto a CGU quanto a Polícia Federal foram a fundo para chegar na essência da quadrilha”, declarou. Ele também insinuou que os absurdos iniciaram-se sob a gestão de Bolsonaro, ressaltando que muitos conhecem os nomes dos ministros envolvidos.

O presidente enfatizou que os recursos desviados pertenciam a aposentados e não ao governo. “O crime foi um assalto aos aposentados e pensionistas, que foram diretamente atacados no seu patrimônio. Vamos apurar e verificar se havia colaboração do governo anterior”, afirmou.

Quanto ao ressarcimento, Lula afirmou que ainda é necessário organizar as informações para garantir que todas as vítimas recebam o que lhes é devido. “Devolver ou não dependerá da identificação clara das vítimas que foram enganadas”, explicou.

Nesta sexta-feira (9), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que os recursos bloqueados das associações envolvidas são suficientes para ressarcir os lesados. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também declarou que a União completará os recursos necessários, se for o caso.