A história de Alexandre Campos, carinhosamente conhecido como “Caju”, é um retrato de amor, fé e resiliência. Diagnosticado com câncer renal em 2022, ele travou uma batalha constante contra a doença, que eventualmente o levou a um estágio terminal. Mas antes de dizer adeus, fez um pedido emocionante: deixar sua voz registrada através de uma canção que ecoaria mesmo após sua partida.
Internado no Hospital Regional de Campo Grande (MS), Alexandre compartilhou seu desejo com o amigo e músico Alexsandro Nogueira. O pedido era simples, mas repleto de significado: gravar a música “Vale a Pena”, uma mensagem sobre esperança e persistência em tempos difíceis. Ao ouvir isso, Alexsandro ficou tocado e imediatamente se comprometeu a ajudar o amigo a tornar esse sonho realidade.
A gravação aconteceu de maneira improvisada — o ambiente hospitalar e o estado de saúde frágil de Alexandre tornaram a gravação convencional impossível. Com um celular envolto em um cobertor para abafar os sons ao redor, cada parte da música foi registrada com muito amor e cuidado. Mesmo utilizando oxigênio suplementar, Alexandre entregou sua voz a uma canção que se tornaria um legado de fé.
Embora não tenha vivido para ouvir a versão finalizada, ele pôde escutar a primeira parte da gravação. Após sua morte, a canção ganhou vida final graças a tecnologias de inteligência artificial, que limpou os sons indesejados do ambiente hospitalar. “Vale a Pena” já está disponível nas plataformas digitais e conta com a participação de artistas como Ronaldo Fagundes, Gissela Kroll, Karin Kiefer, Patrícia Lessa e Leonardo Martins. O resultado é uma obra emocionante, classificada por Alexsandro como um autêntico “testamento de fé e um milagre da arte”.
Nos anos 90, Alexandre foi um dos fundadores do grupo gospel Ângeluz, que lançou três álbuns e tocou os corações de muitos. Com o tempo, ele se tornou pedreiro em Corumbá (MS), mas nunca deixou para trás sua paixão pela música e pela fé. Agora, seu último pedido ecoa em “Vale a Pena”, eternizando a voz de um homem que escolheu cantar até o fim. Para os que o conheciam, esse gesto é muito mais que uma despedida — é uma rica lição de fé, um tributo à vida em forma de música.
Que as palavras de Alexandre continuem a tocar vidas. O que você achou dessa história inspiradora? Compartilhe suas reflexões ou experiências nos comentários!
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