Iniciou-se o conclave para eleger o novo papa, que substituirá Francisco, e as expectativas são altas, mesmo sem um favorito claro. Nesta quinta-feira (8), ocorre a segunda rodada de votações, com quatro agendadas para hoje. Os africanos sonham em ter um pontífice de seu continente, com três principais candidatos: o cardeal ganês Peter Turkson, o cardeal guineano Robert Sarah e Fridolin Ambongo, da República Democrática do Congo.
Em 2010, Turkson expressou que não se sentia preparado para ser papa, refletindo inseguranças tanto pessoais quanto da Igreja. Contudo, após a morte de Francisco, seu nome volta a ser considerado para a liderança. Há um aumento da percepção entre os fiéis de que a Igreja deve ter um líder com uma visão global, refletindo a crescente presença africana. O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, declarou que a escolha de um cardeal africano ou asiático não indicaria uma mudança de foco da Igreja, mas sim uma representação da diversidade e da universalidade da fé.
Peter Turkson, aos 76 anos, é um influente líder africano, tendo sido o primeiro cardeal da África Ocidental. Formado nas áreas de ciências e ciências sociais, sua trajetória religiosa começou em uma família humilde. Tornou-se sacerdote em 1975 e, após estudos em Roma e Nova York, foi nomeado arcebispo de Cape Coast em 1992. Seus esforços como mediador em crises eleitorais em Gana são notáveis.
Robert Sarah, um cardeal guineense de 79 anos, é conhecido por seus pontos de vista conservadores. Quase não participou da eleição devido à sua idade, que o tornará inelegível em breve. Nascido durante a colonização francesa, ele se destacou desde jovem e, aos 34 anos, tornou-se o bispo mais jovem do mundo. Sarah é crítico de algumas posturas contemporâneas da Igreja, especialmente sobre homossexualidade e imigração.
Fridolin Ambongo, cardeal congolês, se destaca como uma voz pacifista em um país marcado pela violência. Desde 2018, é arcebispo de Kinshasa e membro do conselho de cardeais que assessora o papa. Acredita firmemente que a África representa o futuro da Igreja, uma visão que ecoa em suas declarações recentes.
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