Felipe Freire, pastor há mais de uma década na Igreja Contemporânea, quebrou o silêncio sobre suas experiências ao tentar reprimir sua orientação sexual após sua conversão. Hoje, aos 35 anos, ele se identifica como um homem gay e andrógino, enfrentando preconceitos, inclusive no meio religioso.
Em entrevista ao Fuxico Gospel, Felipe compartilhou a pressão que sofreu para “abandonar” a homossexualidade no início de sua caminhada cristã. Ele passou por práticas que prometiam libertação espiritual, incluindo um retiro de três dias onde participou de cursos voltados para a chamada “cura gay”. Durante esse tempo, fiéis oravam impondo as mãos em sua cabeça, tentando transformá-lo em um “homem de verdade”. No entanto, essas tentativas não mudaram sua identidade.
“Eu não me sinto culpado por ser homoafetivo. Eu não escolhi ser assim. Eu lutei, sim, contra”, desabafou Felipe. Sua visibilidade nas redes sociais cresceu após vídeos dele cantando em cultos viralizarem, muitas vezes de forma pejorativa, ridicularizando sua aparência andrógina, que combina traços femininos e masculinos. É crucial esclarecer que a androginia não define a orientação sexual; pessoas andróginas podem ser gay, bissexuais, heterossexuais ou não se identificar com nenhuma dessas categorias.
Diante do aumento de ataques virtuais, a Igreja Contemporânea orientou Felipe a tomar providências legais contra quem utiliza sua imagem para ofensas. Ele atua em uma unidade da igreja em São Paulo, enquanto a sede é Rio de Janeiro. Casado há dez anos, Felipe destaca a estabilidade e a monogamia em seu relacionamento, sem espaço para traições ou consumo de pornografia.
A entrevista completa de Felipe Freire está disponível no canal do YouTube do Fuxico Gospel. Acompanhe e se envolva na discussão sobre temas relevantes e inspiradores!
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