As federações da categoria petroleira informaram a realização de uma nova greve de advertência nos dias 29 e 30 de maio. Essa paralisação vai ocorrer devido à falta de progressos nas negociações com a Petrobras.
A greve começará às 7h de 29 de maio e terminará às 19h de 30 de maio, data em que um novo modelo de teletrabalho inicia na empresa.
Segundo a FUP e a FNP, a greve é uma “resposta direta à ausência de avanços concretos” nas negociações com a Petrobras, focando especialmente na remuneração variável e na política de cortes de custos.
A Petrobras disse que “ainda não foi notificada oficialmente” sobre a greve, mas respeita “o direito de manifestação” dos empregados.
A companhia destacou que vem se reunindo com as entidades sindicais para discutir as mudanças no modelo de trabalho híbrido, que será implementado a partir do dia 30 de maio.
A crise do teletrabalho
- A Petrobras aumentou a escala de trabalho presencial de dois para três dias, com exceções para PCDs e pais de PCDs, reduzindo os dias de teletrabalho de três para dois.
- Uma nova proposta de 7 de maio permitiu que gestantes e pais de crianças pequenas trabalhassem três dias remotamente.
- A empresa enfrentou críticas pela aplicação unilateral das atividades, levando a paralisações pontuais entre os funcionários.
- As medidas, inicialmente programadas para abril, foram adiadas para 30 de maio.
Federações criticam “incoerência” da Petrobras
As federações consideram incoerente a gestão da Petrobras, que anunciou R$35,2 bilhões em lucro líquido e R$11,72 bilhões em dividendos, enquanto impõe austeridade interna.
Os petroleiros consideram inaceitável que, apesar dos lucros, os trabalhadores permaneçam penalizados.
A indignação se intensificou após a declaração da presidente da Petrobras sobre cortes, logo após os anúncios de lucros recordes.
As federações também expressaram preocupação com a segurança nas unidades operacionais, denunciando subnotificação de acidentes e exigindo maior transparência na gestão.
A categoria planeja enviar uma contraproposta unificada à direção da Petrobras, reafirmando seu compromisso por melhores condições de trabalho e justiça nos resultados da empresa.
Leia a nota da Petrobras na íntegra:
“A Petrobras ainda não foi notificada oficialmente pelas entidades sindicais sobre a paralisação. A empresa respeita o direito de manifestação dos empregados. A Petrobras vem realizando reuniões com as entidades sindicais para esclarecer sobre a mudança no modelo de trabalho híbrido a partir do dia 30/05…”
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