A Justiça de São Paulo tornou réus o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, o ex-secretário de Educação, Márcio Carrara, e a empresa Educateca, em um processo que investiga o superfaturamento de R$ 11 milhões na compra de lousas digitais. A ação, movida pelo Ministério Público de São Paulo, foi aceita pela Vara de Fazenda Pública da cidade.
A gestão municipal informou que ainda não foi intimada, mas reafirmou que as contratações seguem os trâmites legais. A Educateca também se manifestou, afirmando que está em conformidade com a lei.
Em 2021, a prefeitura contratou a empresa para a aquisição de 1.188 lousas digitais a R$ 26.062 cada. A Promotoria comparou esse valor ao de Indaiatuba, onde itens semelhantes foram adquiridos por R$ 16.700, destacando um superfaturamento considerável.
Um parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo indicou “potencial incompatibilidade do preço praticado com o mercado”. O valor pago em Sorocaba é 56% superior ao de Indaiatuba.
O Ministério Público solicitou o bloqueio de bens dos acusados e o afastamento imediato de Carrara do cargo atual. No entanto, a Justiça não aceitou a requisição, alegando que não há provas suficientes de desperdício.
Este não é o primeiro confronto legal de Manga. Ele já é alvo de investigações por improbidade administrativa em outros dois casos, um relacionado a licitações de semáforos e outro sobre a aquisição de kits de robótica. Em abril, o prefeito também foi investigado pela Polícia Federal por fraudes na contratação de uma organização social de saúde, o que ele nega.
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