Em uma iniciativa revolucionária que promete transformar o setor automotivo brasileiro, o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) destinará mais de R$ 319 milhões para inovação e sustentabilidade. Lançado em um evento especial por ocasião do Dia da Indústria, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília, o programa visa impulsionar a competitividade e a modernização da indústria automotiva no Brasil.
Esses recursos são fruto de uma colaboração entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que juntos irão investir R$ 191 milhões em projetos estruturantes. Destes, R$ 171 milhões são providos pelo SENAI e R$ 20 milhões pela Embrapii, com uma abordagem voltada para a inovação e sustentabilidade.
Os investimentos se desdobram em diversas frentes, como parcerias com empresas, melhoria em produtividade, digitalização e capacitação profissional – competindo com os desafios da mobilidade do futuro. O programa inclui um investimento de R$ 92 milhões em alianças industriais e em startups e PMEs, juntamente com R$ 30 milhões voltados para a chamada Hands-on e Formação Profissional (MBI).
Para aqueles interessados em participar, as propostas devem ser submetidas seguindo um cronograma claro: de 26/05 a 29/08 de 2025 para Projetos Estruturantes, a partir de 30/06 de 2025 para Alianças Industriais e Startups/PMEs, e entre 20/06 e 10/07 de 2025 para Calls Hands-on e Formação Profissional.
O programa Mover, regulamentado em abril deste ano, não só busca a modernização do setor, mas também destaca a importância do apoio a tecnologias inovadoras e eficiência energética. Segundo o diretor de Inovação do Sindipeças, Maurício Muramoto, aproximadamente mil empresas foram beneficiadas, especialmente pequenas e médias. A diretora da AEA, Luciana Giles, confirmou que a indústria automotiva corresponde a 21% dos empregos formais e 25% do PIB, tornando-se um motor essencial para o desenvolvimento da engenharia nacional.
O ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, enfatizou a eficiência e a sustentabilidade com dados que revelam que 85% dos veículos leves no Brasil são flex e 14% utilizam biodiesel. Alckmin apontou que a redução de custos é uma obsessão necessária para aumentar a competitividade, afirmando que o Brasil deve buscar um alinhamento com as práticas internacionais de eficiência.
Ricardo Alban, presidente da CNI, ressaltou a urgência da indústria no desenvolvimento econômico e social. “A indústria é essencial para a competitividade e prosperidade que buscamos”, afirmou, frisando que enfrentar desafios como os juros altos e a insegurança jurídica é fundamental para fortalecer o setor.
As perspectivas para a indústria em 2025, conforme Alban, mostram um crescimento reduzido. No entanto, ele acredita que isso não deve causar conformismo. Ao contrário, o setor deve ser ativo e engajado na busca por soluções que potencializem a competitividade, discutindo temas cruciais como a jornada de trabalho e a modernização do setor elétrico.
O evento também incluiu uma palestra sobre Inteligência Artificial e seu impacto no desenvolvimento nacional, além de um debate sobre a política industrial no novo contexto global, com a participação de autoridades do governo e do setor. A celebração culminou com a entrega da Ordem do Mérito Industrial, a maior honraria do setor no Brasil.
Este novo capítulo na indústria automotiva oferece um espaço incrível para inovação e colaboração. Como você vê essas mudanças para o futuro do setor? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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